
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou nesta quinta-feira a tentativa dos Estados Unidos de taxar o Pix, ferramenta de pagamentos desenvolvida no Brasil. Em entrevista à Rádio Itatiaia, Haddad afirmou que o governo brasileiro ainda tenta entender os reais motivos por trás dessa taxação, mencionando que, embora o pretexto seja a relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro, a questão não está suficientemente clara.

Haddad explicou que o questionamento dos EUA sobre o Pix não está bem fundamentado. "Eles querem taxar o Pix, uma tecnologia criada no Brasil. Desenvolvemos uma tecnologia melhor do que a deles e não estamos cobrando por ela", afirmou o ministro, ressaltando que o sistema brasileiro de pagamentos é gratuito e não foi feito com fins comerciais.
Ele destacou que o Pix, mantido pelo Estado brasileiro, não beneficia empresas privadas e tem sido oferecido gratuitamente a outros países. “O Pix não foi feito para enriquecer empresários. No exterior, ele é oferecido sem custos", disse Haddad.
O ministro também mencionou que a resistência ao Pix não é uma novidade. Desde o governo de Bolsonaro, houve tentativas internas de criar taxas sobre o sistema de pagamentos, o que vai contra os objetivos do atual governo de promover a inclusão financeira e reduzir os custos para a população.
