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MINISTRO DA FAZENDA

Haddad reafirma compromisso com metas fiscais e defende justiça tributária

Ministro da Fazenda destaca a importância das medidas fiscais e rebate críticas de Ciro Nogueira sobre governo Bolsonaro

24 julho 2025 - 19h00Flávia Said e Luiz Araújo
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad - (Foto: WILTON JUNIOR)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou nesta quinta-feira, 24, que o governo mantém seu compromisso com as metas fiscais estabelecidas, destacando que, ao longo de quatro anos, pretende entregar o melhor resultado fiscal desde 2015. Em entrevista à Rádio Itatiaia, Haddad afirmou que, ao contrário de gestões passadas, a atual administração tem a capacidade de resolver o problema fiscal do Brasil.

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"Temos compromisso com as metas fiscais e vamos entregar o melhor resultado fiscal de 2015 para cá. Já passaram Temer, Meirelles e Guedes, mas não conseguiram resolver o problema fiscal", afirmou o ministro, mencionando os ex-ministros da Economia durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro.

Haddad também voltou a defender as medidas do governo voltadas para a "justiça tributária", destacando que não pode haver retrocessos em relação à cobrança de impostos. Ele comentou a derrubada pelo Congresso do decreto presidencial que aumentava as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), ressaltando que, ao contrário do que muitos alegam, o governo não criou novos impostos, mas apenas retirou isenções de grandes contribuintes.

"O andar de cima tem que contribuir. Isso não é perseguição a ninguém", afirmou Haddad, referindo-se à necessidade de aumentar a carga tributária dos mais ricos. O decreto derrubado pelo Legislativo foi restabelecido, em grande parte, pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante a entrevista, o ministro também respondeu a críticas feitas pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), lembrando que, sob o governo Bolsonaro, o salário mínimo não foi ajustado acima da inflação em nenhum ano e que a tabela do Imposto de Renda não foi atualizada, prejudicando especialmente os mais pobres.

"O especialista em prejudicar o povo é Bolsonaro, e o especialista em ajudar o povo é o presidente Lula, com os programas sociais e de proteção que criou", disse Haddad, comparando as ações de ambos os presidentes.

Por fim, o ministro elogiou o trabalho do deputado Arthur Lira (PP-AL), que fez alterações no projeto de lei que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. Lira aumentou a faixa da redução parcial do IR de R$ 7 mil para R$ 7.350, destacando que esse aumento foi fruto do esforço do relator.

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