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25 de setembro de 2025 - 01h51
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META FISCAL

Haddad reafirma busca pelo centro da meta fiscal em meio a alerta do TCU

Ministro diz que governo está alinhado com decisão do Congresso e descarta mudanças na estratégia de execução orçamentária

24 setembro 2025 - 21h45Flávia Said
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad. - (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (23) que a equipe econômica está comprometida em perseguir o centro da meta fiscal de 2025, mesmo diante do alerta emitido pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A Corte voltou a apontar que usar apenas o limite inferior da banda da meta, em vez do valor central, seria incompatível com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

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Segundo Haddad, há uma convergência entre a interpretação do Ministério da Fazenda, do Congresso e do próprio TCU sobre a necessidade de execução do Orçamento. “A área técnica do TCU entendeu uma coisa que é muito próxima do que o Ministério da Fazenda entende que diz a lei e muito próxima do que o Congresso entende que diz a lei, que é o fato de que o Orçamento tem que ser executado”, afirmou.

Congresso rejeitou mudança na regra

O ministro lembrou que o governo chegou a propor uma alteração normativa que permitiria maior flexibilidade para buscar resultados fiscais melhores, mas a ideia foi rejeitada pelo Congresso. “Eu penso que precisa haver um esclarecimento em relação à decisão do Congresso”, disse.

Apesar da divergência, Haddad destacou que a orientação dentro da equipe econômica é clara: “Independentemente do que diz a norma, nós estamos buscando o centro da meta, isso aí não tem dúvidas”.

Déficit projetado e contingenciamento

Na divulgação do relatório do 4º bimestre, o governo estimou déficit de R$ 30,2 bilhões em 2025, valor abaixo do limite inferior da meta, que é de R$ 31 bilhões. Por esse motivo, não houve necessidade de contingenciar novas despesas.

Ainda assim, o bloqueio de gastos previsto no arcabouço fiscal foi mantido. O total congelado passou de R$ 10,7 bilhões para R$ 12,1 bilhões nesta última avaliação, em cumprimento ao limite de crescimento das despesas.

O TCU, por sua vez, defende que o cálculo para eventuais contingenciamentos deveria se basear no centro da meta, o que garantiria uma postura preventiva na execução orçamentária.

Nota conjunta da Fazenda e do Planejamento

Em comunicado conjunto, os Ministérios da Fazenda e do Planejamento reforçaram que ainda não receberam notificação oficial do TCU, mas reiteraram o compromisso com a disciplina fiscal. As pastas lembraram que a meta é estabelecida em banda, e que o descumprimento só ocorre se o resultado ficar abaixo do limite inferior.

“Cabe rememorar que foi rejeitada pelo Congresso Nacional a alteração constitucional proposta pelo Poder Executivo”, destacou a nota, citando a PEC 45 de 2024, que buscava flexibilizar a regra.

O texto também recordou que, em 2024, o déficit ficou em R$ 11 bilhões, resultado mais próximo do centro da meta do que do piso permitido.

Alinhamento com o TCU

Haddad reforçou que a estratégia atual segue a mesma adotada no ano anterior, quando o governo conseguiu cumprir a meta fiscal dentro dos limites estabelecidos. “Nós estamos muito próximos do que a área técnica da Corte de Contas entende como correto”, concluiu.

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