
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (4) que o governo encerra o ano de 2025 com um “balanço muito significativo” na área fiscal. Durante a 6ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social e Sustentável (CDESS), ele destacou que a recomposição das contas públicas foi possível graças à contenção de gastos e à revisão de benefícios tributários, sem que a população fosse penalizada.
“Com contenção e corte de gasto tributário, conseguimos melhorar as contas sem penalizar o consumidor”, disse Haddad, ao reforçar que a estratégia adotada rompe com a lógica de que equilíbrio fiscal precisa recair sobre quem está na base da pirâmide social.
Transparência nas contas públicas - Haddad também criticou práticas de postergação de pagamentos adotadas em gestões anteriores e afirmou que o governo atual trabalha com total transparência. Segundo o ministro, a metodologia adotada para calcular o déficit considera compromissos reais do Estado, como o pagamento de precatórios e despesas que, segundo ele, não podem ser ignoradas na contabilidade oficial.
“O País não pode viver de calote para maquiar a conta pública”, afirmou. Para ele, a quitação desses débitos não deve ser vista como aumento de despesa, mas como uma correção necessária que reforça a credibilidade fiscal do governo.
Equilíbrio com justiça social - A política econômica em curso, segundo o ministro, busca garantir o equilíbrio fiscal sem abrir mão da justiça social. Ele destacou que a revisão de desonerações e a implementação de medidas estruturais na arrecadação permitiram avançar sem cortar investimentos ou comprometer programas sociais.
“Estamos satisfeitos com muita coisa, insatisfeitos com outras. Mas entregamos avanços relevantes, com responsabilidade fiscal e foco na justiça tributária”, disse Haddad, em referência às medidas já implementadas ao longo do ano.
Ciclo de ajuste e modernização fiscal - O ministro destacou que a retomada de padrões contábeis internacionais e a reestruturação dos instrumentos fiscais deram mais previsibilidade à economia e fortaleceram o diálogo com o Congresso Nacional. A expectativa do governo é de que os resultados positivos deste ano sirvam de base para consolidar a estabilidade fiscal em 2026.
Haddad também apontou que o ambiente econômico atual tem sido favorável à atração de investimentos e à retomada da confiança de diversos setores, o que reforça a estratégia adotada pela equipe econômica.

