
O Grupo Pereira, dono das marcas Fort Atacadista e Supermercados Comper, tem investido fortemente em energia limpa. Atualmente, 91% das unidades da empresa já operam com eletricidade proveniente do Mercado Livre de Energia (MLE), ambiente que permite a compra direta de fontes renováveis e mais econômicas.

A estratégia faz parte de um plano para reduzir custos e tornar o grupo mais sustentável. Desde 2023, todas as novas lojas são abertas já conectadas a fontes renováveis, como energia solar e eólica. A meta é chegar a 100% de abastecimento sustentável até 2026.
O fornecimento de energia é feito em parceria com a ENGIE. A empresa francesa entrega energia eólica, enquanto o Grupo Pereira complementa com a geração própria de energia solar, por meio de painéis instalados em unidades de autoconsumo.
Comper Itanhangá em Campo Grande - (Foto: Divulgação)
Segundo Samuel Mutini, gerente nacional de energia e manutenção do Grupo Pereira, a mudança garante mais previsibilidade e menos dependência das tarifas tradicionais. “A economia média por loja é de 30%, podendo chegar a 40% em alguns casos”, afirma.
Produção solar e impacto ambiental - Hoje, o grupo já conta com 28 usinas solares em funcionamento. Apenas no mês de julho, essas unidades produziram 1 GWh, o suficiente para manter cinco lojas em operação durante o mesmo período. A geração evitou a emissão de 59 toneladas de CO, o que equivale ao plantio de mais de duas mil árvores.
Apenas no mês de julho, essas unidades produziram 1 GWh, o suficiente para manter cinco lojas em operação durante o mesmo período
Um exemplo recente é a nova loja em Santa Cruz do Sul (RS), que foi inaugurada com cobertura solar no estacionamento. A unidade adota o sistema Grid Zero, que utiliza toda a energia produzida localmente, sem enviar excedente para a rede elétrica tradicional. Segundo o grupo, o modelo está sendo avaliado para ser replicado em outras lojas.
Projeto piloto no Fort Atacadista em Santa Cruz do Sul/RS
O Ambiente de Contratação Livre (ACL), conhecido como Mercado Livre de Energia, oferece maior controle sobre os contratos e preços. Conforme dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), entre 2015 e 2022 a conta de luz no mercado regulado aumentou 70%, enquanto no mercado livre a variação foi de apenas 9%.
Um exemplo recente é a nova loja em Santa Cruz do Sul (RS), que foi inaugurada com cobertura solar no estacionamento
Além disso, segundo a ENGIE, os custos para migrar ao novo modelo são baixos ou até inexistentes, com possibilidade de retorno do investimento em cerca de quatro meses. Para isso, as unidades precisam estar conectadas à rede de média ou alta tensão.
