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ECONOMIA

Grupo adquire antigo Frigorífico Margen em Rio Verde e deve reabrir unidade em janeiro

O prefeito Mário Alberto Kruger informa que planta frigorífica deve gerar em torno de 250 empregos diretos

14 agosto 2019 - 11h32

Fechado desde 2009, a planta frigorífica do Grupo Margen em Rio de Verde (MS) foi finalmente arrematada em leilão judicial realizado pela 2ª Vara Cível de Coxim na semana passada e deve ser reaberto em janeiro de 2020, gerando mais de 250 empregos diretos e indiretos. O frigorífico, localizado no quilômetro 747 da rodovia BR-163, na saída para Coxim (MS), em Rio Verde (MS), foi arrematado pelo valor que consta no edital do leilão pela empresa MS Boi Comércio e Abate de Bovinos, que já atua na comercialização de carnes nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

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Segundo o prefeito de Rio Verde, Mário Alberto Kruger, o grupo que adquiriu a antiga planta frigorífica do Margen comunicou que a unidade será reaberta em janeiro de 2020, iniciando a operação com 250 funcionários. “O retorno desse frigorífico significa muito para o desenvolvimento município de Rio Verde, afinal de contas foram 10 anos fechados. Com certeza, são ótimas notícias para a nossa população”, ressaltou, informando que no dia 7 de agosto recebeu no seu gabinete a vice-prefeita Dinalvinha Gomes Viana e o presidente da Câmara de Vereadores de Rio Verde, Riovaldo Pires Martins, para comunicar quem eram os novos administradores da empresa que adquiriu a planta frigorífica na BR-163 em Rio Verde.

O presidente da Câmara de Vereadores de Rio Verde, Riovaldo Pires Martins, afirmou que os demais parlamentares da Casa de Leis estão de portas abertas e dispostos a colaborarem no que for preciso para viabilizarem a reabertura da planta frigorífica o mais breve possível. “Esse grupo tornará realidade um sonho antigo de toda a nossa cidade”, afirmou.

Já a vereadora Lidiane Farias completa que, depois que o prefeito comunicou a aquisição da planta frigorífica, a primeira coisa que pensou foi na retomada do desenvolvimento do município de Rio Verde. “Acredito que a reabertura dessa unidade deve gerar muitos empregos, algo em torno de 250 empregos diretos e indiretos, já que era essa a antiga quantidade de trabalhadores que atuavam no frigorífico. Essa unidade estava fechada há quase dez anos e para nós é uma grande conquista. Como a aquisição foi por meio de leilão judicial, ainda não temos muitas informações sobre o novo proprietário, mas esperamos que ele possa reativar o frigorífico o mais rápido possível”, declarou.

Falência

O Grupo Margen decretou recuperação judicial em 2009, mas apenas em 2014 conseguiu selar um acordo para quitar parte de suas dívidas através da venda de quatro plantas frigoríficas avaliadas em mais de R$ 100 milhões e distribuídas pelas cidades de Paranavaí (PR), Rio Verde (MS), Ribeirão Cascalheira (MT) e Ariquemes (RO). Porém, no mesmo ano, o decreto de falência do Frigorífico Margen foi suspenso em decisão monocrática do juiz substituto em 2º grau Delintro Belo de Almeida Filho. O magistrado também determinou que todo ato de disposição ou oneração de bens referentes à indústria tivesse de ser feita apenas mediante autorização judicial.

O Frigorífico Margen estava em processo de recuperação judicial desde 2012, período no qual deixou de quitar algumas de suas dívidas, levando o juízo da 2ª Vara Cível de Rio Verde (GO) a considerar a empresa inviável economicamente e decidir por converter a recuperação em falência. Essa decisão foi recorrida pelo grupo empresarial sob a alegação de que a maioria dessas dívidas tinha sido paga e que o maior credor, que ainda não recebeu, tem acerto condicionado à venda judicial de um bem tendo em vista que não foi aceito como doação em pagamento.

A decisão, segundo o magistrado, se deve à consistência da argumentação dos empresários e também para “evitar eventual tumulto processual em caso de acolhimento do pedido recursal pelo colegiado, que é o órgão competente para sua apreciação”. A crise financeira do grupo Margen teve início em 2008, quando mais de oito mil funcionários tiveram de ser demitidos. A dívida junto aos trabalhadores foi estimada em R$ 20 milhões, enquanto a dívida total do frigorífico alcançava o montante de R$ 700 milhões.

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