
Auditores-fiscais da Receita Federal paralisam, nesta quarta-feira (19), as liberações de cargas de importação e exportação nas unidades alfandegárias de Ponta Porã e Mundo Novo, a 350 e 460 km de Campo Grande, respectivamente. A ação faz parte da greve nacional da categoria, iniciada em novembro de 2023, devido à falta de acordo com o governo federal sobre reajuste salarial.

O presidente do Sindifisco Nacional de MS, Luiz Felipe Manvailer, explica que os auditores enfrentam um congelamento salarial enquanto outros servidores do Executivo Federal conseguiram avanços em suas negociações.
"Não há sequer uma abertura de diálogo para solucionar o impasse. Enquanto isso, a inflação continua subindo e as perdas da categoria aumentam", afirma Manvailer.
O descontentamento cresceu após o governo federal ter concedido reajustes para a Procuradoria da Fazenda Nacional (PFN), vinculada ao mesmo ministério que a Receita Federal. O acordo garantiu aumentos salariais para os procuradores em 2025 e 2026, enquanto os auditores seguem sem previsão de reajuste.
Com a paralisação, a liberação de mercadorias nas alfândegas será interrompida, causando filas e atrasos no transporte de cargas, assim como ocorreu em mobilizações anteriores. O Sindifisco alerta que a situação pode se repetir em portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados em todo o País.
