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18 de dezembro de 2025 - 14h47
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GREVE DOS PETROLEIROS

Greve na Petrobras avança e paralisa 28 plataformas na Bacia de Campos

Sem acordo coletivo, paralisação nacional atinge refinarias e usinas; estatal nega impactos na produção e mantém equipes de contingência

18 dezembro 2025 - 13h10Gabriela da Cunha
Greve atinge 28 plataformas na Bacia de Campos; Petrobras mobiliza planos de contingência para evitar desabastecimento.
Greve atinge 28 plataformas na Bacia de Campos; Petrobras mobiliza planos de contingência para evitar desabastecimento. - Foto: Petrobrás

A greve nacional dos petroleiros, iniciada na última segunda-feira (15), ganha força com a adesão total dos trabalhadores em 28 plataformas da Bacia de Campos. Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), o movimento é uma resposta direta à estagnação das negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Enquanto o sindicato relata uma paralisação abrangente, a Petrobras afirma que a produção e o abastecimento seguem normalizados por meio de equipes de contingência.

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Alcance do movimento - O balanço da FUP aponta que a greve não se restringe apenas ao mar. No momento, o movimento atinge as seguintes frentes:

  • Offshore: 28 plataformas de exploração.
  • Refino: 9 refinarias em diferentes regiões.
  • Logística e Energia: 13 unidades da Transpetro, 4 termelétricas e 2 usinas de biodiesel.
  • Terrestre: Campos de produção na Bahia, Unidade de Tratamento de Gás de Cabiúnas e a sede administrativa em Natal (RN).

O impasse nas negociações - O diferencial deste conflito reside na rejeição da última proposta apresentada pela estatal no dia 9. A categoria afirma que não houve avanços reais nas cláusulas do ACT, o que levou à decisão por uma greve por tempo indeterminado. Do outro lado, a Petrobras evita detalhar se apresentará uma nova contraproposta, limitando-se a declarar que "se mantém aberta ao diálogo".

Panorama da Bacia de Campos - A paralisação ocorre em um momento estratégico para a Bacia de Campos. Embora tenha perdido o posto de maior produtora nacional para o Pré-Sal, a região passa por um processo de revitalização. Somente no terceiro trimestre deste ano, sete novos poços entraram em operação. Além disso, a estatal adquiriu recentemente 2,3 mil km² em novas áreas exploratórias na região, reforçando a importância econômica das unidades que hoje operam sob regime de greve.

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