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ECONOMIA

Governo reage a tarifa dos EUA com plano de diversificação das exportações

Rui Costa diz que Brasil busca novos mercados e intensifica diálogo com China, Europa e países árabes

26 agosto 2025 - 13h45Luiz Araújo, Gabriel Hirabahasi e Giordanna Neves
Ministro Rui Costa durante reunião ministerial em que destacou ações para ampliar exportações e reduzir dependência dos EUA
Ministro Rui Costa durante reunião ministerial em que destacou ações para ampliar exportações e reduzir dependência dos EUA - Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta terça-feira (26) que o governo brasileiro está reagindo ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos com um pacote de ações voltadas à diversificação das exportações. A declaração foi feita durante a abertura da segunda reunião ministerial do ano, em Brasília.

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"Queremos que o Brasil diversifique ainda mais suas exportações e diminua sua exposição às intempéries americanas", disse o ministro, em referência às sobretaxas que afetam produtos brasileiros no mercado norte-americano.

De acordo com Costa, uma das prioridades da atual política comercial é ampliar os canais de diálogo e intensificar parcerias econômicas com outras regiões estratégicas. “O governo está ajudando fortemente na abertura de novos mercados”, declarou.

China, Europa e mundo árabe no foco diplomático

Entre os destinos considerados prioritários para as exportações brasileiras estão a China, a Europa e o mundo árabe, conforme destacou o ministro. A agenda de negociações com esses blocos já vem sendo trabalhada em diferentes frentes pelos ministérios do Desenvolvimento, das Relações Exteriores e da Agricultura.

O objetivo é reduzir a dependência econômica em relação aos Estados Unidos, especialmente após o aumento de tarifas por parte do governo norte-americano. A medida foi criticada por outras autoridades do governo, como o vice-presidente Geraldo Alckmin, que a classificou como "injustificada".

Resiliência e reposicionamento no comércio exterior

A resposta brasileira ao tarifaço também tem caráter estratégico, buscando consolidar o país como um parceiro comercial confiável e multilateral. Para o Planalto, a diversificação de mercados é essencial para garantir resiliência diante de decisões unilaterais de grandes potências.

Ao atuar simultaneamente em diferentes frentes de negociação, o governo pretende impulsionar exportações de setores como agronegócio, indústria e tecnologia, aproveitando o crescimento da demanda em países asiáticos e árabes.

Reação política à medida protecionista dos EUA

A reação dos Estados Unidos, que adotaram tarifas adicionais sobre produtos brasileiros sob a justificativa de proteger empresas americanas, vem sendo encarada no Brasil como uma tentativa de conter a competitividade de setores como aço, alumínio, alimentos e manufaturados.

Diante do cenário, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua equipe têm enfatizado o compromisso com a soberania econômica e a ampliação das relações comerciais com base no diálogo e na reciprocidade.

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