
	O governo teve um gasto extra de R$ 8 bilhões em novembro  -o equivalente a quatro meses de Bolsa Família- na tentativa de conter a alta das cotações do dólar.
	A perda foi contabilizada em operações nas quais  o Banco Central ofereceu uma espécie de seguro ao mercado contra a valorização da moeda norte-americana. Como ela subiu, o BC ficou com o prejuízo.
	Chamadas de swap cambial, essas operações geraram ganhos em meses anteriores e acumulam uma perda de R$ 1,3 bilhão no ano, segundo o BC. O objetivo, porém, não é ganhar ou perder dinheiro: é tranquilizar empresários e investidores que temem a desvalorização do real.
	O dólar está em tendência de aumento em razão das perspectivas de recuperação da economia dos Estados Unidos, o que pode gerar perdas para quem tem dívida externa e elevação dos preços dos produtos importados.
	Sem o seguro oferecido pelo BC, o mercado buscaria proteção comprando dólares à vista, o que elevaria ainda mais as cotações.
	As perdas do mês passado foram incorporadas às despesas financeiras do governo federal, que, somadas às dos Estados e municípios, chegaram a R$ 29,9 bilhões.
	Com isso, as contas públicas fecharam o mês com despesas acima das receitas, mesmo com a poupança recorde de R$ 29,7 bilhões puxada pelo governo federal.
				
					
				
				
				
					
				
				
				
				
				
			

						