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FINANÇAS PÚBLICAS

Governo Central registra déficit primário de R$ 44,3 bilhões em junho, mas melhora em relação ao ano

Apesar do resultado negativo, o saldo do mês foi o melhor desde 2023 e superou as expectativas do mercado

30 julho 2025 - 15h40Flávia Said e Renan Monteiro
O Governo Central registrou um déficit primário de R$ 44,3 bilhões em junho, mas o resultado superou as expectativas do mercado e foi o melhor desde 2023. O déficit acumulado no ano é de R$ 11,46 bilhões, com receitas e despesas em crescimento.
O Governo Central registrou um déficit primário de R$ 44,3 bilhões em junho, mas o resultado superou as expectativas do mercado e foi o melhor desde 2023. O déficit acumulado no ano é de R$ 11,46 bilhões, com receitas e despesas em crescimento. - Foto: Marcos Santos / USP

O Governo Central registrou um déficit primário de R$ 44,296 bilhões em junho, o que representa um aumento em relação ao déficit de R$ 40,621 bilhões verificado em maio. O saldo negativo reflete a diferença entre as receitas e as despesas do Tesouro Nacional, da Previdência Social e do Banco Central.

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Apesar de ainda ser um déficit, o resultado de junho representou o melhor desempenho para o mês desde 2023, superando o déficit de R$ 38,721 bilhões registrado em junho do ano passado. Em termos reais, o saldo foi o melhor desde o início da série histórica do Tesouro, que data de 1997.

Superando as expectativas do mercado

O resultado veio acima da mediana das estimativas do mercado, que apontavam para um déficit primário de R$ 41,100 bilhões. As previsões variavam entre R$ 48,600 bilhões e R$ 18,098 bilhões, todas indicando um déficit. O desempenho superou as projeções, demonstrando uma recuperação em relação ao cenário de 2024.

Resultado acumulado no ano

No acumulado do ano até junho, o Governo Central registrou um déficit de R$ 11,46 bilhões. No mesmo período de 2024, o resultado era ainda pior, com um déficit de R$ 67,373 bilhões. A melhoria no resultado é reflexo de um controle mais rigoroso das despesas e do aumento nas receitas.

Receitas e despesas

Em junho, as receitas totais do Governo Central tiveram uma alta real de 2,1% em relação ao mesmo mês de 2024, e no acumulado do semestre, o crescimento foi de 3,4%. Já as despesas aumentaram 1,6% em junho, descontando a inflação, em comparação com o mesmo período do ano passado. No entanto, no acumulado do primeiro semestre, as despesas totais apresentaram uma diminuição real de 2,4%, o que ajudou a melhorar o saldo das contas públicas.

Superávit nos últimos 12 meses

No acumulado dos últimos 12 meses até junho, o Governo Central registrou um superávit de R$ 15,3 bilhões, equivalente a 0,11% do PIB. Esse resultado positivo, mesmo com o déficit de junho, reflete uma tendência de recuperação das contas públicas ao longo do ano.

Metas para 2025

Para o ano de 2025, o governo estabeleceu como meta um resultado primário neutro (0% do PIB), com uma variação de até 0,25 ponto porcentual para mais ou para menos, conforme o novo arcabouço fiscal. Em termos de limites de despesas, o governo fixou o teto em R$ 2,249 trilhões para 2025.

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