Feira de Vinhos COMPER Itanhanga
BRASKEM

Governador de Alagoas pede ao TCU suspensão da venda da Braskem

Segundo governo do Estado, negócio prejudicaria moradores das regiões atingidas por afundamento de solo em 2018; companhia firmou acordo com Prefeitura de Maceió para pagar R$ 1,7 bilhão pelos danos ambientais

26 julho 2023 - 19h15
Paulo Dantas, governador de Alagoas
Paulo Dantas, governador de Alagoas - (Foto: Estadão)

O governador de Alagoas, Paulo Dantas, foi a Brasília nesta quarta-feira, 26, e pediu a suspensão da possível venda da Braskem para o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, relator da representação encaminhada pelo governo estadual e pelo Senado Federal, que contesta os acordos financeiros firmados pela petroquímica.

Canal WhatsApp

De acordo com nota do governo de Alagoas, o negócio prejudicaria diretamente os moradores das regiões atingidas pelo afundamento do solo em 2018, decorrente das atividades de exploração de sal-gema pela Braskem.

O governador de Alagoas afirmou que o Estado foi prejudicado pela exploração da mineradora e disse que é necessário que os danos causados ao governo sejam observados nas negociações para a venda da empresa. "O estado foi impactado diretamente com a perda de postos de saúde e escolas desativadas, um hospital psiquiátrico e uma central da Samu, além de uma perda brutal de arrecadação do ICMS daquela região", explicou.

Acordo com a prefeitura de Maceió

Durante o encontro com o ministro Aroldo Cedraz, o governador de Alagoas criticou o acordo firmado entre a prefeitura de Maceió e a Braskem. Anunciado na última sexta-feira, 21, a negociação entre o município e a petroquímica prevê o pagamento de R$ 1,7 bilhão pelos danos ambientais provocados pelo desastre.

De acordo com o governo de Alagoas, Dantas teria dito que, pelo acordo, a empresa pode comercializar as áreas e imóveis caso consiga estabilizar o terreno, o que proporcionaria um lucro de R$ 50 bilhões em vinte anos.

"É o maior case imobiliário especulativo do mundo. A empresa que cometeu um crime ambiental sem precedentes pode lucrar bilhões de reais em alguns anos. O acordo simplesmente faz o causador do desastre lucrar, e a vítima, pagar o preço", afirmou o governador.

Assine a Newsletter
Banner Whatsapp Desktop