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GÁS DO POVO

'Gás do Povo' vai triplicar número de famílias atendidas até 2026 com entrega gratuita de botijões

Nova fase do programa federal promete alcançar 15,5 milhões de lares de baixa renda, com distribuição iniciando ainda este ano

4 setembro 2025 - 17h00Renan Monteiro, Gabriel de Sousa e Gabriel Hirabahasi
O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de anúncio do Programa Gás do Povo.
O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de anúncio do Programa Gás do Povo. - (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
ENERGISA

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O governo federal lançou, nesta quinta-feira (4), uma nova fase do programa de auxílio gás, que agora recebe o nome de "Gás do Povo". A meta é ambiciosa: triplicar o número de famílias atendidas, passando das atuais 5,13 milhões para 15,5 milhões até março de 2026. O anúncio ocorreu no Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte (MG), uma das maiores comunidades da capital mineira, marcando a aposta do Executivo em ampliar políticas sociais em ano pré-eleitoral.

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A proposta prevê o início das entregas dos botijões gratuitos já em novembro de 2025. A ação se soma a outras iniciativas voltadas à população de baixa renda, como o programa "Luz do Povo", que isenta do pagamento da conta de luz famílias que consomem até 80 kWh por mês e estão na Tarifa Social.

Durante o lançamento, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou o caráter social da iniciativa. "Vocês verão pelas ruas, vilas, morros e aglomerados os postos de distribuição com a placa: 'Aqui tem Gás do Povo'. Isso é justiça social na veia", afirmou.

Como vai funcionar o novo vale-gás

O novo modelo do programa não transfere o valor diretamente ao beneficiário, mas sim disponibiliza um botijão por meio de revendedores credenciados. Essas revendas serão ressarcidas pela Caixa Econômica Federal, que assumirá o papel de operadora do programa, como já faz atualmente.

As famílias beneficiadas receberão uma espécie de "vale-gás", que poderá ser acessado por quatro meios distintos: aplicativo próprio, cartão exclusivo, QR Code via Caixa ou cartão do Bolsa Família. O uso será restrito à retirada do botijão e os detalhes de como utilizar cada opção serão divulgados até o fim de outubro.

O programa atende famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), com renda per capita de até meio salário mínimo, com prioridade para quem já recebe o Bolsa Família. O frete para entrega domiciliar, caso desejado, ficará por conta do beneficiário.

Quem pode participar e como será a distribuição

Os revendedores interessados deverão se credenciar voluntariamente junto à Caixa. O objetivo é que o programa atinja todos os municípios do país, por meio da estrutura das distribuidoras e de revendedores independentes. O Brasil conta hoje com cerca de 60 mil pontos de revenda.

As regras de distribuição do benefício variam conforme o número de pessoas da família. Lares com dois integrantes receberão até três botijões por ano; famílias com três membros terão direito a quatro botijões; e aquelas com quatro ou mais pessoas poderão receber até seis botijões anuais. O valor será determinado por Estado e atualizado periodicamente, mas sem impacto para o consumidor final.

Recursos garantidos no orçamento

O orçamento previsto para 2026 no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) é de R$ 5,1 bilhões, valor que, segundo o governo, garante a viabilidade do programa durante todo o ano.

Além dos recursos da União, estados e municípios poderão aderir ao programa e contribuir com seu financiamento, desde que firmem um termo de adesão, conforme regulamentação que será detalhada por decreto.

Estados com mais famílias contempladas

São Paulo e Bahia lideram a estimativa de beneficiados, com 1,87 milhão e 1,84 milhão de famílias atendidas, respectivamente. Em seguida aparecem Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Pernambuco e Rio de Janeiro, todos com mais de 1 milhão de famílias contempladas.

Foco social e eficiência orçamentária

Para o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sérgio Bandeira de Mello, o novo modelo representa um avanço em termos de eficiência social. "Não é um subsídio generalizado, que geralmente beneficia a todos indiscriminadamente. Subsídios generalizados têm alto custo fiscal e baixo impacto social", avaliou.

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