
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, manifestou nesta quinta-feira (18) total abertura para colaborar com o Supremo Tribunal Federal (STF) nas investigações que envolvem o Banco Master. A instituição financeira sofreu intervenção direta da autarquia no dia 18 de novembro, quando teve sua liquidação extrajudicial decretada devido a irregularidades em sua operação.
A movimentação do BC ocorre em paralelo a um processo que tramita na Suprema Corte contra o proprietário do banco, o empresário Daniel Vorcaro. Durante coletiva de imprensa sobre o Relatório de Política Monetária (RPM) do quarto trimestre, Galípolo enfatizou que a transparência é a prioridade da instituição neste processo.
Cooperação institucional - O diferencial da declaração de Galípolo foi o reforço de que o Banco Central já vinha atuando em conjunto com outras esferas de controle. Segundo ele, todo o material que embasou o encerramento das atividades do banco já está em posse das autoridades competentes.
"Estou à disposição do Supremo para poder fornecer todos os dados que a gente já forneceu ao Ministério Público, à Polícia Federal, e que a gente documentou tudo", afirmou o presidente do BC. A fala sinaliza uma tentativa de blindar a autarquia e garantir que as provas coletadas durante a fiscalização sejam utilizadas no processo judicial que corre em Brasília.
O que é liquidação extrajudicial? - A medida tomada contra o Banco Master em novembro é a punição mais severa aplicada pelo Banco Central a uma instituição financeira. Ela ocorre quando o BC identifica que o banco não possui mais condições de honrar seus compromissos ou quando há graves violações às normas bancárias, resultando no afastamento imediato de seus controladores e no congelamento de ativos para o pagamento de credores.

