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01 de dezembro de 2025 - 15h11
ECONOMIA

Galípolo diz que tarifas dos EUA não geraram impactos inflacionários esperados

Presidente do Banco Central vê cenário mais positivo com ganho de produtividade pela IA, mas prega cautela

1 dezembro 2025 - 14h20Marianna Gualter e Cícero Cotrim
Presidente do Banco Central vê efeitos limitados das tarifas dos EUA e destaca papel da IA na produtividade global
Presidente do Banco Central vê efeitos limitados das tarifas dos EUA e destaca papel da IA na produtividade global - Lula Marques/Agência Brasil

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta segunda-feira (1º) que os impactos esperados das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre a economia global não se concretizaram como o mercado previa. A análise foi feita durante sua participação no XP Fórum Político & Macro 2025, realizado em São Paulo.

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Segundo Galípolo, embora ainda haja discussões sobre possíveis defasagens nos efeitos das tarifas, o cenário até aqui não indica o tipo de pressão inflacionária que muitos analistas haviam projetado.

“Por isso você não vê uma desancoragem na inflação nos outros períodos”, afirmou, ao explicar que os aumentos de preços observados são mais compatíveis com uma elevação pontual no nível dos preços do que com um processo inflacionário contínuo.

Galípolo também destacou a expectativa de que o avanço da inteligência artificial (IA) contribua para o aumento da produtividade global, o que pode levar a um cenário com menos pressão inflacionária. Para ele, a combinação entre ganho de eficiência e um mercado de trabalho mais flexível pode criar uma conjuntura econômica mais estável.

“Essa combinação de ganho de produtividade com o mercado de trabalho mais solto teria um cenário menos inflacionário”, afirmou.

Apesar da visão otimista predominante entre investidores estrangeiros, Galípolo destacou que os banqueiros centrais adotam uma postura mais prudente diante dessas projeções. “Sempre existe uma ressalva maior por parte dos banqueiros centrais. Por parte do mercado, acho um otimismo maior em relação ao da IA”, ponderou.

As falas do presidente do Banco Central ocorrem em um momento em que economias globais avaliam os efeitos de políticas protecionistas e buscam entender como novas tecnologias podem moldar o cenário macroeconômico nos próximos anos.

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