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ECONOMIA

Formalização avança entre autônomos no Brasil, com destaque para mulheres

Pesquisa do IBGE mostra crescimento no número de trabalhadores com CNPJ em 2024, embora informalidade ainda seja dominante

19 novembro 2025 - 16h40Daniela Amorim
População ocupada como conta própria totalizava 25,5 milhões de pessoas em 2024, segundo o IBGE
População ocupada como conta própria totalizava 25,5 milhões de pessoas em 2024, segundo o IBGE - Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Mais de um terço dos empregadores e trabalhadores autônomos do Brasil atuava de forma formalizada em 2024. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos 29,8 milhões de profissionais que trabalham por conta própria ou empregam outras pessoas, cerca de 10 milhões estavam registrados com CNPJ o equivalente a 33,6%.

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Esse número representa um avanço em relação a 2023, quando a taxa de formalização era de 33%. O crescimento também é expressivo se comparado ao início da série histórica, em 2012, quando o número de formalizados era 77,4% menor.

Segundo o IBGE, o número de trabalhadores com CNPJ cresceu 3,5% de 2023 para 2024. Apesar do predomínio masculino nas categorias de empregadores e autônomos 64,2% do total, o que representa 6,4 milhões de pessoas a formalização tem avançado mais entre as mulheres. Em 2024, 35,2% das mulheres nessas categorias estavam com CNPJ, contra 32,7% dos homens. O crescimento no número de formalizadas também foi maior entre elas: 4,6% ante 2,9% entre os homens.

A pesquisa revela ainda que a maioria dos trabalhadores por conta própria segue na informalidade. Em 2024, 25,5 milhões de pessoas atuavam nessa condição, e apenas 25,7% (6,6 milhões) tinham registro no CNPJ. Em contrapartida, entre os 4,3 milhões de empregadores no país, 80% estavam formalizados uma ligeira queda em relação aos 80,9% de 2023.

Os dados reforçam a tendência de crescimento gradual da formalização no mercado de trabalho autônomo, mas também evidenciam a persistência da informalidade, especialmente entre os trabalhadores por conta própria. O aumento da formalização entre as mulheres sugere mudanças importantes no perfil do empreendedorismo brasileiro, com maior presença feminina em empreendimentos registrados.

A formalização é considerada uma das principais estratégias para ampliar o acesso a direitos trabalhistas, crédito, previdência social e políticas públicas de apoio ao micro e pequeno empreendedor. Por isso, os dados da Pnad Contínua ajudam a orientar decisões de governo e políticas voltadas à inclusão produtiva.

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