
O Flamengo é o clube mais valioso do Brasil, com uma marca avaliada em US$ 121,2 milhões, segundo o novo relatório da Brand Finance, consultoria especializada na avaliação de marcas. Em comparação com o ano passado, a valorização do time carioca foi de 21%, o que garantiu ao clube a 44ª posição no ranking global dos times mais valiosos, colocando o Brasil pela primeira vez entre as 50 maiores marcas do futebol mundial.

Os gigantes europeus dominam a liderança, com o Real Madrid e Barcelona ocupando as primeiras posições, com valores de US$ 2,1 bilhões e US$ 1,9 bilhão, respectivamente. No entanto, times brasileiros como Botafogo e Fluminense tiveram aumentos expressivos em suas marcas após participações recentes no Mundial de Clubes da FIFA. A marca do Botafogo, por exemplo, cresceu 96%, alcançando US$ 24,5 milhões, enquanto o Fluminense atingiu US$ 30,6 milhões.
Já o Palmeiras, após não conquistar o mundial e registrar uma queda de 12% no valor de sua marca, caiu para US$ 74,9 milhões. Em contrapartida, o Cruzeiro, que não participou do torneio da FIFA, viu sua marca crescer 28%, atingindo US$ 17,4 milhões e se tornando um dos 10 clubes mais valiosos do Brasil.
Patrocínios de Apostas Impulsionam Valores
O aumento no valor de clubes como Flamengo e Corinthians também se deve ao crescente investimento das casas de apostas no futebol. As apostas esportivas representam agora um montante de US$ 197 milhões em patrocínios, sendo que US$ 175 milhões correspondem a contratos de patrocínio master, com as marcas estampando o peito das camisas dos jogadores. Surpreendentemente, apenas dois times da Série A do Campeonato Brasileiro, o Red Bull Bragantino e o Mirassol, não possuem patrocinadores do setor de apostas.
O investimento das "bets" resultou em uma valorização significativa para os dois maiores clubes do Brasil. O Flamengo, por exemplo, viu sua marca ser avaliada em US$ 1,2 bilhão, com um crescimento de 21%, enquanto o Corinthians teve um aumento de 50%, atingindo US$ 73,5 milhões. No entanto, uma pesquisa revelou que 61% dos torcedores brasileiros de futebol já realizaram apostas, com 69% desses torcedores sendo jovens entre 18 e 25 anos. Apesar disso, 59% dos entrevistados acreditam que os clubes deveriam rejeitar patrocínios de casas de apostas.
