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18 de novembro de 2025 - 19h43
Fiems 46 Anos
ECONOMIA

Fiems critica inclusão da tilápia como espécie invasora e alerta para impacto na economia de MS

Presidente da federação afirma que possível restrição ao cultivo pode prejudicar exportações e investimentos no setor

18 novembro 2025 - 18h00Da Redação
Sérgio Longen afirma que classificar a tilápia como invasora ameaça empregos, investimentos e exportações que sustentam a cadeia produtiva.
Sérgio Longen afirma que classificar a tilápia como invasora ameaça empregos, investimentos e exportações que sustentam a cadeia produtiva. - (Foto: Divulgação)
Terça da Carne

A inclusão da tilápia na Lista Nacional Oficial de Espécies Exóticas Invasoras acendeu um sinal de alerta no setor produtivo de Mato Grosso do Sul. A decisão, tomada pela Comissão Nacional de Biodiversidade, gerou reação imediata do presidente da Fiems, Sérgio Longen, que classificou qualquer restrição ao cultivo do peixe como inaceitável.

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Longen disse que acompanha as movimentações do Ministério do Meio Ambiente e vê risco direto para a cadeia da tilápia no país. Para ele, a medida pode prejudicar investimentos e comprometer uma atividade que se consolidou em estados como Mato Grosso do Sul. Segundo o industrial, 99,6 por cento da tilápia produzida no estado segue para exportação, principalmente para os Estados Unidos, o que reforça a relevância econômica do setor.

Na avaliação de Longen, colocar a tilápia na lista de espécies invasoras cria um desafio adicional para uma cadeia que considera fundamental para a indústria e para a produção de alimentos. Ele afirma que a espécie se adaptou bem ao país e que o impacto pode atingir desde pequenos produtores até grandes plantas industriais em expansão.

O presidente da Fiems também demonstrou preocupação com o efeito da medida no mercado externo. Disse que restrições poderiam levar o Brasil a reduzir a produção e, com isso, abrir espaço para a importação de pescado. Para ele, esse cenário seria prejudicial à indústria nacional.

Longen afirmou que a federação e a Confederação Nacional da Indústria já discutem formas de reagir. Ele disse que, se necessário, o setor poderá judicializar o caso para impedir que a decisão avance e cause prejuízos. A avaliação dele é de que a medida pode tornar a cadeia produtiva insustentável, afetando geração de renda, empregos e competitividade.

A reação do setor mostra o tamanho da preocupação. Mato Grosso do Sul se firmou como polo exportador e, para produtores e indústrias, o anúncio da Conabio criou incertezas sobre os próximos passos. Longen reforçou que a Fiems trabalhará para evitar qualquer restrição que, segundo ele, coloque o setor em risco.

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