
O auditório da Casa da Indústria, em Campo Grande, recebeu na última quinta-feira (27) a empresária Gabriela Baumgart, presidente do conselho de administração do Grupo Baumgart e da marca Track & Field.

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A convite do programa Fiems Jovem, ela falou com jovens empresários da indústria sobre temas que raramente entram nos manuais técnicos: como lidar com sucessão, construir uma cultura de governança e preparar novas gerações para assumir negócios familiares.
O Grupo Baumgart, fundado em 1948, começou no ramo químico, mas hoje tem atuação diversificada: agronegócio, hotelaria, eventos, shoppings e participações em empresas como a Faber-Castell. Gabriela, que há 15 anos atua em conselhos de administração, compartilhou experiências da transição entre gerações em uma empresa familiar que já ultrapassa os 75 anos de história.
Em palestra promovida pelo Fiems Jovem, acionista do Grupo Baumgart compartilha aprendizados sobre gestão, sucessão e cultura de longo prazo em empresas familiares.
"Sucessão não é só escolher quem vai sentar na cadeira do pai ou da mãe. É sobre formar herdeiros conscientes, preparar acionistas responsáveis e decidir, como família, qual o papel de cada um no negócio e fora dele", resumiu.
A palestra integra a proposta do Fiems Jovem de aproximar jovens líderes da indústria de nomes com trajetória consolidada no setor empresarial. Para Aurélio Rocha, coordenador do programa e diretor de relações internacionais da Fiems, o encontro foi uma oportunidade rara de escuta e troca. "A gente quer conectar os sucessores da nossa indústria local com experiências vividas por quem lidera grupos relevantes do país. É sobre pensar o futuro com consistência e visão estratégica", disse.
Gabriela também é embaixadora do Centro de Governança da Família Empresária, do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Ao longo da conversa, destacou a importância da educação formal e informal dos herdeiros. "Na maioria das vezes, os filhos e netos vão se tornar sócios, e não gestores. Ensinar a ser um bom acionista também é parte da responsabilidade das famílias empresárias", afirmou.
Entre os presentes, estavam empresários de diferentes segmentos industriais do estado, muitos deles vivendo o processo de transição entre gerações. Ao final, houve espaço para perguntas e relatos pessoais. Um deles veio de um jovem empresário do setor de alimentos que compartilhou as tensões familiares ao tentar implantar práticas de governança na empresa fundada pelo avô. Gabriela respondeu com pragmatismo: "Governança não é só estrutura. É também o hábito de conversar, escutar e, principalmente, decidir junto".
