A manhã desta quinta-feira (11 de dezembro), começou com a indústria e o campo falando a mesma língua em Três Lagoas. No Teatro do Sesi, representantes do setor produtivo, autoridades e empresários participaram do MS Citrus Summit, encontro criado para discutir o futuro da laranja em Mato Grosso do Sul.
Entre os presentes, o vice-presidente da Fiems, Crosara Júnior, defendeu o papel da indústria no fortalecimento da cadeia citrícola. Ele destacou que a federação acompanha o avanço da cultura desde o início e que o setor vê na laranja uma aposta concreta para diversificação da matriz industrial do Estado.
Hoje, MS tem mais de 15 mil hectares de laranja plantados. São cerca de 7 milhões de árvores já em solo sul-mato-grossense. Os projetos em andamento devem elevar esse número para mais de 35 mil hectares nos próximos anos. A meta é alcançar 100 mil hectares até 2030.
Para o governador Eduardo Riedel, o Estado pode se tornar a nova fronteira da citricultura no Brasil. Ele lembrou que, enquanto São Paulo enfrenta queda na produção por questões sanitárias, Mato Grosso do Sul está criando as bases para crescer: ambiente de negócios atrativo, regras claras e investimento em infraestrutura.
O secretário Jaime Verruck explicou que a industrialização do setor depende da consolidação de, ao menos, 25 mil hectares de laranja plantados. Segundo ele, o custo do frete torna inviável o transporte da fruta por longas distâncias, o que reforça a importância de atrair plantas industriais para regiões com oferta consolidada.
