
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou nesta segunda-feira (24) que os efeitos da revisão de gastos do governo federal já começam a aparecer de forma "clara e concreta" nos relatórios oficiais. Durante evento promovido pela Febraban, em Brasília, o número 2 da equipe econômica destacou que os cortes recentes vão ajudar o país a alcançar a meta fiscal estipulada para o próximo ano.
Segundo Durigan, as medidas aprovadas pelo Congresso Nacional, que cortaram R$ 15 bilhões em despesas, fazem parte do esforço do governo para gerar um superávit primário de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 — o primeiro resultado positivo nas contas públicas em vários anos.
“Estamos começando a colher os primeiros resultados concretos da revisão de gastos”, afirmou o secretário.
Recomposição da base fiscal e enfrentamento de distorções - Dario Durigan destacou ainda que houve avanços na recomposição da base fiscal, com foco no combate a gastos tributários excessivos e na correção de distorções consideradas injustificáveis pelo Ministério da Fazenda.
A revisão foi impulsionada por medidas inseridas na Emenda Constitucional da nova regra fiscal, que tem como base o equilíbrio entre responsabilidade com as contas públicas e a preservação de investimentos sociais.
Cenário fiscal mais otimista - Mais cedo, no mesmo evento, Durigan reforçou que o Brasil vive um momento de recuperação fiscal. Ele afirmou que o país atingiu em 2024 os melhores resultados das contas públicas em uma década e defendeu que há espaço para cumprir novamente as metas em 2025.
“Contra todo o ceticismo, cumprimos a meta de resultado primário em 2024, e vamos cumprir mais uma vez em 2025, não sem muito trabalho. Projetamos para 2026 o primeiro superávit em muitos anos que o Brasil não tem”, disse.
Apesar dos avanços, Durigan ressaltou que é necessário manter o foco no controle de gastos. Ele lembrou que, mesmo com a economia mostrando sinais positivos, a atenção à sustentabilidade fiscal precisa ser constante.

