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ECONOMIA

Fazenda define critérios para crédito a empresas afetadas pelo tarifaço dos EUA

Fazenda define critérios para crédito a empresas afetadas pelo tarifaço dos EUA

26 agosto 2025 - 09h30Eduardo Rodrigues
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante evento oficial
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante evento oficial - Foto: Arquivo/A Crítica
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O Ministério da Fazenda publicou portaria nesta terça-feira, 26, estabelecendo os critérios de priorização para empresas afetadas pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos, conhecidas como tarifaço, dentro do plano Brasil Soberano.

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Segundo o texto publicado no Diário Oficial da União (DOU), companhias menores e aquelas mais expostas às tarifas terão acesso a condições mais favoráveis de financiamento. As regras detalhadas, como prazos e encargos, ainda serão definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

De acordo com a portaria, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) deverá publicar uma tabela com os produtos atingidos pelo tarifaço. A partir dela, terão prioridade no acesso às linhas de crédito:

  • Empresas cujas exportações para os EUA representem mais de 5% do faturamento total entre julho de 2024 e junho de 2025.

  • Companhias em que as vendas ao mercado americano sejam iguais ou superiores a 20% do faturamento no período.

  • Pequenas e médias empresas, incluindo microempreendedores individuais, com receita bruta anual inferior a R$ 300 milhões.

Essas categorias terão acesso a condições diferenciadas nas linhas de crédito antitarifaço.

A portaria ressalta que os critérios de priorização não se aplicam a três áreas específicas:

  1. Prorrogação excepcional de prazos de suspensão de tributos em regime de drawback.

  2. Medidas emergenciais para aquisição de gêneros alimentícios, reguladas por ato conjunto dos ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário.

  3. Disposições sobre o Seguro de Crédito à Exportação, regido pela Lei nº 6.704/1979.

O plano Brasil Soberano foi lançado pelo governo como resposta às medidas protecionistas adotadas pelos Estados Unidos sob a gestão de Donald Trump, que aumentaram tarifas sobre produtos brasileiros em setores estratégicos.

Com a regulamentação publicada, caberá ao CMN detalhar as condições de crédito e ao MDIC divulgar a lista oficial de produtos e setores atingidos, que servirá de base para a aplicação dos critérios de priorização.

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