
O ano ainda não terminou, mas os números já confirmam o ritmo acelerado da indústria de Mato Grosso do Sul. De janeiro a outubro, o Estado exportou o equivalente a 6,8 bilhões de dólares. Quatro setores puxam esse desempenho: celulose, carnes, açúcar e soja.
A maior fatia vem da indústria de celulose e papel, com 39% do total. São 2,7 bilhões de dólares que saem principalmente da região do Bolsão, no nordeste do Estado, onde o município de Três Lagoas virou referência internacional. A chegada de grandes grupos como Suzano, Arauco e, em breve, Bracell, transformou a paisagem e a economia local.
Operador movimenta fardos de celulose com empilhadeira em centro logístico, evidenciando a cadeia de armazenamento e distribuição da produção industrial. - (Foto: Divulgação)O setor frigorífico também tem papel de destaque. Com 1,7 bilhão de dólares em embarques, responde por 25% das exportações. O processamento de carne bovina é seguido de perto pelos segmentos sucroenergético e oleaginosas. Juntos, cana, soja e milho completam o mapa industrial que gira em torno de fábricas, silos e estradas movimentadas.
Trabalhadores atuam na linha de corte de carne bovina em frigorífico inspecionado. - (Foto: Divulgação)Com 8,2 mil indústrias em operação, a transformação industrial de MS cresceu 80% nos últimos cinco anos. Esse salto está diretamente ligado aos investimentos, que somam 90 bilhões de reais, segundo a Federação das Indústrias do Estado (Fiems).
Os dados mais recentes mostram que a indústria representa hoje 24% dos empregos formais em Mato Grosso do Sul, com 170 mil pessoas ocupadas. O setor também responde por mais de 20% do Produto Interno Bruto, que deve alcançar 47 bilhões de reais até o fim do ano.
O economista Ezequiel Resende, da Fiems, aponta que o avanço se deve à combinação de investimentos, produtividade e abertura para o mercado global. Segundo ele, o Estado deve seguir crescendo com força até 2030, sustentado por cadeias produtivas robustas e inserção internacional.

