
Negociadores comerciais dos Estados Unidos e da China passaram os últimos dois dias discutindo uma possível extensão da trégua tarifária em vigor entre os dois países, mas ainda não chegaram a um consenso. A informação foi confirmada nesta terça-feira (29) por altos funcionários do governo norte-americano.

Segundo o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR), Jamieson Greer, as conversas foram “construtivas”, e os avanços serão apresentados ao presidente Donald Trump, que terá a palavra final sobre o tema.
Caso não haja renovação do acordo, as tarifas dos EUA sobre produtos chineses podem voltar ao patamar de 34%, ou qualquer outro valor que venha a ser determinado por Trump.
Diplomacia com cautela
A trégua tarifária tem sido um dos principais pontos de estabilidade nas tensas relações comerciais entre Washington e Pequim nos últimos anos. A renovação do pacto é vista por analistas como crucial para manter o fluxo de comércio entre as duas maiores economias do mundo e evitar novo desgaste econômico global.
As reuniões mais recentes buscaram alinhar expectativas, mas o impasse sobre os termos da prorrogação ainda não foi superado. Bessent e Greer evitaram detalhar os pontos de desacordo, mas garantiram que as conversas serão levadas ao mais alto nível decisório.
Trump tem a palavra final
Com o resultado indefinido, a decisão agora está nas mãos do presidente Donald Trump, que já demonstrou em outras ocasiões volatilidade na política comercial com a China. O republicano pode optar por renovar a trégua ou restabelecer as tarifas em níveis elevados.
A incerteza sobre o desfecho gera apreensão no setor produtivo global, especialmente em segmentos que dependem diretamente do comércio entre os dois países, como tecnologia, automóveis e indústria química.
