A Casa Branca formalizou nesta terça-feira (4) a redução da tarifa adicional aplicada à China sobre determinados produtos, como parte de um acordo entre os governos dos Estados Unidos e da China para combater o tráfico de fentanil. A decisão foi oficializada por meio de uma ordem executiva assinada pelo governo norte-americano e representa um novo passo na cooperação bilateral voltada ao controle da crise provocada pela substância nos Estados Unidos.
O documento destaca que, em contrapartida à redução da tarifa, o governo chinês se comprometeu a adotar medidas significativas para conter o fluxo de fentanil e seus precursores químicos para os Estados Unidos. Isso inclui a suspensão do envio de determinados compostos químicos usados na produção da droga, bem como um controle mais rígido sobre exportações de outros produtos similares para todos os destinos internacionais.
Com base nesse compromisso, a ordem executiva determina a diminuição da alíquota adicional do imposto ad valorem de 20% para 10%, com vigência a partir de 10 de novembro de 2025. A medida modifica os termos da Ordem Executiva 14195, que havia elevado as tarifas como forma de pressionar Pequim por ações mais eficazes no combate ao tráfico de substâncias ilícitas.
A formalização da redução da tarifa foi resultado direto da reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder chinês Xi Jinping, realizada no fim de outubro. Na ocasião, os dois chefes de Estado reforçaram a necessidade de cooperação para conter o avanço do fentanil, que tem sido apontado como o principal responsável por uma das mais graves crises de saúde pública nos EUA.
O fentanil é um opioide sintético altamente potente, cuja produção e distribuição têm gerado milhares de mortes por overdose nos últimos anos. O combate ao tráfico da substância tem sido tratado como uma prioridade pelo governo norte-americano, que atribui parte significativa da origem da droga e de seus insumos à China.
