
Mato Grosso do Sul se destacou como o Estado mais competitivo do país no consumo de etanol hidratado entre os dias 14 e 20 de setembro, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), compilado pelo AE-Taxas. O preço médio praticado nos postos sul-mato-grossenses foi de R$ 3,89 por litro, o menor do Brasil no período. Além disso, o biocombustível apresentou paridade de 65,60% em relação à gasolina, consolidando-se como a melhor opção para motoristas que buscam economia.

No cenário nacional, o preço médio do etanol subiu 1,66%, passando de R$ 4,22 para R$ 4,29 por litro. A variação foi registrada em 16 Estados e no Distrito Federal, enquanto em seis houve queda e em quatro os valores permaneceram estáveis.
Mato Grosso do Sul em vantagem
A posição de destaque do Mato Grosso do Sul se deve não apenas ao preço mais baixo, mas também à relação de custo-benefício em comparação à gasolina. Com paridade bem abaixo do limite de 70%, referência usada pelo setor para indicar vantagem do etanol, o biocombustível reforça seu papel estratégico na matriz energética local.
Outros Estados onde o etanol se mostrou mais competitivo foram Mato Grosso (68,57%), Paraná (68,21%) e São Paulo (67,55%).
Panorama nacional
Em São Paulo, maior produtor e consumidor do país, o litro do etanol registrou alta de 0,74%, indo de R$ 4,07 para R$ 4,10. Goiás apresentou a maior valorização semanal, de 12,03%, com o litro a R$ 4,47. Já Alagoas teve a queda mais expressiva, de 1,89%, chegando a R$ 4,68.
O preço mais baixo encontrado em todo o país foi de R$ 3,19, em um posto de São Paulo. No outro extremo, o valor mais alto chegou a R$ 6,49 em Pernambuco. O Amazonas liderou entre os preços médios mais caros, com R$ 5,51 por litro.
Na média nacional, a paridade do etanol em relação à gasolina ficou em 69,19%, indicando vantagem na maioria dos casos. Especialistas lembram, no entanto, que dependendo da tecnologia do veículo, o combustível pode ser interessante mesmo acima da marca de 70%.
A consolidação de Mato Grosso do Sul como o Estado mais competitivo reforça sua relevância no mercado de biocombustíveis e pode influenciar decisões de consumo e abastecimento nos próximos meses.
