
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, saiu em defesa da eficiência das empresas públicas brasileiras nesta terça-feira (16). Durante evento realizado na Caixa Econômica Federal, a ministra criticou as tentativas de generalizar problemas financeiros de setores específicos para todo o conjunto de estatais do país.
O diferencial: Números contra narrativas - Embora não tenha citado nominalmente, a ministra fez referência à crise enfrentada pelos Correios, setor que, segundo ela, passa por reestruturação global, para argumentar que dificuldades pontuais estão sendo usadas como pretexto para editoriais pró-privatização.
Para contrapor as críticas, Dweck apresentou dados robustos sobre o desempenho do setor:
- Lucro no 1º Semestre de 2025: R$ 92 bilhões.
- Ativos Totais (fechamento 2024): R$ 3,7 trilhões.
- Faturamento Anual: R$ 1 trilhão.
- Lucro Livre em 2024: R$ 116 bilhões.
Patrimônio e papel social - A ministra classificou as críticas frequentes como um "ataque ao patrimônio do povo brasileiro". Segundo Dweck, as estatais cumprem uma função que o mercado privado muitas vezes não atende, como o papel dos bancos públicos (Caixa e Banco do Brasil) na concessão de empréstimos de longo prazo para habitação e infraestrutura.
"Tenho feito falas para demonstrar que esse ataque acaba sendo um ataque a um ativo que temos", pontuou a ministra, reforçando que a solidez financeira demonstrada no balanço semestral justifica a manutenção do controle estatal sobre essas empresas estratégicas.


