
Energia solar cresce em ritmo acelerado no Brasil, com destaque para Mato Grosso do Sul, Pará e São Paulo. Levantamento da 77Sol, plataforma especializada no setor, mostra que MS lidera o ranking nacional com mais de 2.200 usinas fotovoltaicas instaladas, o equivalente a 13% das unidades vendidas pela empresa nos últimos cinco anos.

Pará aparece em segundo lugar, com aproximadamente 1.900 instalações (11%), seguido de São Paulo, que soma 1.745 usinas (10%). Os dados analisam a evolução do mercado entre 2020 e 2025.
Segundo o CEO da 77Sol, Luca Milani, o avanço da energia solar está diretamente ligado às particularidades econômicas e geográficas de cada Estado. “No Mato Grosso do Sul, o agronegócio e a indústria são os principais vetores dessa expansão. O Pará surpreende com forte demanda em regiões remotas, onde há busca por autonomia energética. Já São Paulo continua forte no mercado residencial e comercial, pressionado por tarifas altas de energia elétrica”, afirma.
Além da estrutura produtiva de cada região, o crescimento da geração solar também é puxado por tarifas elevadas na conta de luz, alta irradiação solar em boa parte do território e incentivos locais para instalação de sistemas fotovoltaicos.
“O Brasil tem uma das energias mais caras do mundo. Mas temos sol o ano inteiro, o que torna o avanço da energia solar não apenas viável, mas inevitável”, resume Milani.
Além dos líderes do ranking, estados como Bahia, Mato Grosso, Pernambuco e Rio Grande do Norte já somam mais de 1.000 usinas fotovoltaicas cada, o que reforça a interiorização do setor e a descentralização da matriz energética nacional.
Na outra ponta, Rondônia e Tocantins aparecem com menor participação no mercado solar, respondendo por cerca de 1% das vendas da 77Sol, com pouco mais de 100 usinas em cada estado.
Segundo a empresa, o cenário se explica por fatores como menor densidade populacional, baixo número de integradores locais e infraestrutura em desenvolvimento. “Rondônia e Tocantins têm potencial de sobra, mas o mercado ainda está em construção”, pontua o CEO da startup.
