
Os empresários Álvaro Jabur Maluf e Paulo Jabur Maluf, donos da Camisaria Colombo, foram liberados na manhã desta segunda-feira (25) com autorização da Justiça de São Paulo. Eles haviam sido presos na última quinta-feira (21), durante a Operação Fractal, conduzida pela Delegacia de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil de São Paulo, por suspeita de envolvimento em um golpe digital que causou um prejuízo de R$ 21 milhões ao PagSeguro.

Ação que resultou na prisão
A Operação Fractal investiga fraudes digitais que permitiram transferências não autorizadas e sem saldo, realizadas entre 1º e 20 de outubro de 2024. Segundo a Procuradoria-Geral do Estado, o esquema envolveu 2.696 transferências, totalizando R$ 26 milhões transferidos da conta de filiais da empresa BS Capital para uma conta central. Posteriormente, a BS Capital transferiu R$ 34,5 milhões para outras contas bancárias.
A suspeita é que os irmãos Álvaro e Paulo Jabur Maluf tenham participado das fraudes, sendo que Paulo foi identificado como representante da BS Capital em uma reunião na sede do PagSeguro em novembro de 2024. Imagens de câmeras de segurança e reconhecimento facial confirmaram sua presença no local.
Defesa e alegações
Ambos os empresários negam qualquer envolvimento nas fraudes. A defesa de Paulo Jabur Maluf afirma que ele se apresentou espontaneamente à polícia para esclarecer as transações financeiras investigadas, e que o mal-entendido seria a razão da prisão temporária. "Ele acredita que sua inocência será provada na fase policial", afirmaram seus advogados.
Álvaro Jabur Maluf também foi liberado após "ampla e irrestrita cooperação" com as autoridades. O advogado de Álvaro reforçou que não houve indiciamento até o momento, e o empresário segue colaborando com as investigações. A defesa de ambos sustenta que não houve fraude e que as transações serão esclarecidas durante o processo.
Consequências e próximos passos
O caso segue sob investigação, com os irmãos Maluf não sendo indiciados até o momento. As autoridades continuam apurando a participação da BS Capital, empresa registrada em nome de Bruno Gomes de Souza, e o envolvimento dos empresários nas operações fraudulentas.
O caso expõe a vulnerabilidade do sistema de pagamentos digitais e reforça a necessidade de maior vigilância e segurança nas transações financeiras realizadas por plataformas como o PagSeguro.
