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03 de outubro de 2025 - 11h01
pmcg
ECONOMIA

Economistas e setor produtivo destacam avanços com isenção do Imposto de Renda

Medida deve beneficiar 15,5 milhões de brasileiros a partir de 2026 e pode impulsionar consumo, reduzir desigualdade e estimular a economia

3 outubro 2025 - 08h30Agência Brasil
Medida é apontada como incentivo ao consumo e redução da desigualdade
Medida é apontada como incentivo ao consumo e redução da desigualdade - (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

A aprovação do Projeto de Lei 1087/25, que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) para salários de até R$ 5 mil e reduz a cobrança para quem ganha até R$ 7.350, foi classificada como um avanço histórico por economistas e representantes do setor produtivo. O texto foi aprovado por unanimidade na Câmara dos Deputados e agora segue para o Senado.

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Especialistas consultados avaliam que a mudança traz alívio imediato ao bolso dos trabalhadores e, ao mesmo tempo, pode ter impacto positivo na economia. Segundo o economista Pedro Rossi, da Unicamp, a medida mostra que a sociedade e a política estão mobilizadas para rever a tributação no país.

De acordo com cálculos do Ipea, famílias de classe média baixa terão um respiro mensal médio de R$ 350 a R$ 550. Quem recebe R$ 5 mil, por exemplo, deixará de pagar R$ 312,89 por mês em imposto (R$ 4.067 ao ano).

Na visão de Luiz Gonzaga Belluzzo, também da Unicamp, além de aliviar a renda das famílias, a medida tem caráter distributivo e pode impulsionar o crescimento econômico sem gerar pressão inflacionária significativa, já que tende a estimular investimentos produtivos.

A Confederação Nacional do Comércio (CNC) elogiou a proposta por beneficiar trabalhadores de menor renda, mas manifestou preocupação com o impacto sobre pequenas empresas caso a compensação tributária recaia sobre elas. Já a Confederação Nacional da Indústria (CNI) destacou que a isenção corrige uma defasagem histórica da tabela do IR, que penalizava contribuintes apenas pela inflação.

Tributação dos mais ricos

Para equilibrar a renúncia fiscal estimada em R$ 25,4 bilhões, o PL prevê tributação adicional para quem recebe acima de R$ 600 mil ao ano, cerca de 141 mil contribuintes de alta renda. Para Pedro Rossi, essa taxação é positiva, mas ainda tímida diante das distorções do sistema, como a isenção ampla de lucros e dividendos.

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