
O governo português acaba de ratificar a privatização da companhia aérea oficial daquele país. O controle acionário passará para o empresário brasileiro (naturalizado americano) David Neeleman, dono da companhia aérea Azul – Linhas Aéreas Brasileiras e da norte-americana JetBlue.

Segundo o jornal espanhol Diário Económico, “o projeto do novo dono, a disponibilidade para investir e os projetos de capitalização da empresa foram determinantes para a decisão e que o processo seja levado a bom porto”, além de que "a proposta financeira da Gateway, de David Neeleman, terá sido a mais vantajosa, ficando à frente da proposta da SAGEF, do grupo Synergy e Germán Efromovich”, dono da transportadora Avianca.
Neeleman concorreu junto do empresário português Humberto Pedrosa, dono do grupo Barraqueiro, que assegura mais de 50% do consórcio concorrente. Essa terá sido a forma encontrada por Neeleman para cumprir o limite legal imposto pela Comissão Europeia para investidores extra-comunitários em companhias aéreas europeias.
Com isso, a Azul encontra uma saída para a sua expansão no mercado de voos internacionais, já que é uma companhia doméstica, que arrisca uma carreira internacional com voos para Miami e Orlando (EUA), com jatos Airbus.
A TAP tem forte ligação com o Brasil, realizando voos entre Portugal e as cidades de Belém, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo -, e ainda tem como hub a cidade de Lisboa, que serve como porta de entrada dos brasileiros na Europa e, numa escala menor, em África. Fala-se ainda no aumento de rotas entre Portugal e os Estados Unidos da América.
Com a compra da TAP, a Azul resolverá outro problema, que é a entrada em uma aliança internacional. Estima-se que ela entre na Star Alliance.
