
Na manhã desta quinta-feira (02 de janeiro de 2025), enquanto muitos brasileiros ainda digeriam as lentilhas da ceia de Ano Novo, o dólar começou o ano de forma surpreendente: caindo. A moeda norte-americana fechou o primeiro pregão de 2025 cotada a R$ 6,16, uma leve queda de 0,28%. Parece pouco, mas, em tempos de incertezas econômicas, cada centavo faz diferença.

O dia começou com o dólar subindo. Por volta das 9h40, a moeda atingiu a máxima de R$ 6,23, refletindo a tensão dos investidores com dados do seguro-desemprego nos Estados Unidos. Só depois do almoço, por volta das 13h, é que o dólar resolveu respirar fundo e começou a descer.
Do outro lado do balcão, no Brasil, há expectativa em torno do novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Aos 42 anos, o economista assume o cargo após ser diretor de Política Monetária da instituição. Ele não estará sozinho: três outros nomes indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva também tomarão assento na diretoria.
Enquanto isso, os economistas seguem com as sobrancelhas franzidas, observando dois grandes fatores: a situação fiscal brasileira e os sinais da economia americana. Se nos EUA o seguro-desemprego se torna um termômetro do ritmo econômico, por aqui, o desafio continua sendo equilibrar as contas públicas e trazer confiança aos investidores.
Em 2024, o dólar fechou o ano em alta, cotado a R$ 6,18, acumulando uma valorização de 27,3% no período. Foi uma das moedas que mais subiram no mundo. A troca na presidência do Banco Central, agora sob comando de Galípolo, traz novos capítulos para essa novela cambial.
Se 2025 vai ser um ano de calmaria ou tempestade no mercado de câmbio, ninguém sabe. Por enquanto, o dólar resolveu dar uma trégua — mas o próximo episódio dessa história será contado no próximo pregão.
