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03 de dezembro de 2025 - 19h10
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ECONOMIA

Dólar cai pelo segundo dia seguido e fecha a R$ 5,31 com expectativa de corte nos EUA

Dados fracos de emprego nos EUA reforçam apostas de que Fed reduzirá juros; real registra menor valor desde novembro

3 dezembro 2025 - 18h45Antonio Perez
Dólar fecha em queda frente ao real com expectativa de corte de juros nos EUA e fluxo cambial negativo no Brasil.
Dólar fecha em queda frente ao real com expectativa de corte de juros nos EUA e fluxo cambial negativo no Brasil. - (Foto: Reprodução)

O dólar encerrou o segundo pregão consecutivo em queda frente ao real nesta quarta-feira (3), acompanhando o desempenho da moeda americana no exterior. Com mínima de R$ 5,2992 no início da tarde, a divisa fechou em R$ 5,3133, baixa de 0,32% – o menor valor de fechamento desde 14 de novembro, quando fechou a R$ 5,2973.

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No acumulado dos primeiros três pregões de dezembro, o dólar recua 0,40%, após perdas de 0,85% em novembro. No ano, a desvalorização frente ao real chega a 14,03%.

O recuo é atribuído, em grande parte, a dados fracos do mercado de trabalho dos EUA. Pesquisa ADP mostrou perda de 32 mil vagas no setor privado em novembro, bem abaixo da expectativa de geração de 40 mil postos de trabalho. O resultado reforça a previsão de que o Federal Reserve poderá reduzir os juros americanos em 25 pontos-base na próxima reunião, marcada para 10 de dezembro.

No Brasil, o economista-chefe da Análise Econômica, André Galhardo, destaca que a resiliência da economia local, evidenciada pelos números da indústria e do emprego, contribui para a valorização do real e para a manutenção da Selic em 15% ao ano, aumentando a atratividade para capital estrangeiro.

O índice DXY, que mede a força do dólar frente a seis moedas fortes, caiu de forma consistente e chegou a 98,828 pontos, reforçando a tendência de enfraquecimento da moeda americana. Entre pares do real, o peso colombiano valorizou mais de 1%, enquanto peso chileno e rand sul-africano registraram desempenho ligeiramente superior ao brasileiro.

No fluxo cambial doméstico, o Banco Central informou saldo negativo de US$ 4,13 bilhões na semana de 24 a 28 de novembro, principalmente devido a saídas de US$ 3,979 bilhões pelo canal financeiro, que inclui remessas de lucros e dividendos ao exterior. Em novembro até o dia 28, o fluxo cambial acumulou saída líquida de US$ 7,115 bilhões, totalizando saldo negativo de US$ 19,799 bilhões no ano.

Segundo analistas, a manutenção da taxa Selic elevada deve mitigar pressões sobre o real, mesmo com o aumento das remessas de lucros e dividendos ao exterior ao longo de dezembro.

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