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29 de setembro de 2025 - 19h13
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DÓLAR

Dólar cai, mas se mantém acima de R$ 5,30 em meio a fatores externos

Moeda americana recua 0,3% nesta segunda-feira; real apresenta melhor desempenho entre emergentes latino-americanos

29 setembro 2025 - 17h30Antonio Perez
Dólar.
Dólar. - (Foto: Estadão)

O dólar iniciou a semana em baixa no mercado local, mas permaneceu acima de R$ 5,30 pelo quarto pregão consecutivo, refletindo a queda global da moeda diante do impasse orçamentário nos Estados Unidos e da expectativa de novos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed).

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Com mínima de R$ 5,3057, a moeda recuou 0,30% nesta segunda-feira (29), acumulando perdas de 1,84% em setembro e de 13,88% no ano. A rolagem de contratos futuros e a disputa pela última Ptax de setembro, prevista para terça-feira, devem aumentar a volatilidade.

O real se destacou entre as moedas emergentes da América Latina, impulsionado pelo otimismo em relação ao encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente norte-americano Donald Trump, além do tom firme do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em evento recente em São Paulo.

A perspectiva de uma Selic em 15% até, pelo menos, o início de 2026 mantém operações de carry trade, especialmente diante do alívio monetário esperado nos EUA. Dados fracos do Caged para agosto não afetaram o câmbio.

O superintendente da Mesa de Derivativos do BS2, Ricardo Chiumento, destacou que o mercado segue otimista com novo corte do Fed em outubro, apesar de indicadores econômicos mais fortes. Ele alertou, no entanto, para o excesso de otimismo com o aceno de Trump a Lula: “É preciso um pouco de cautela”.

No cenário internacional, o Dollar Index (DXY) operou em leve baixa, enquanto o iene subiu mais de 0,60% após sinalizações de alta de juros do Bank of Japan. Moedas emergentes resistiram à queda de 3% do petróleo, provocada por expectativas de aumento da oferta e possível cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Para o economista-chefe da Western Lima, Adauto Lima, fatores externos seguem comandando o dólar no Brasil. Ele alerta que o impasse orçamentário nos EUA, que pode paralisar o governo na quarta-feira, tende a gerar novo estresse no câmbio. Segundo Lima, o ciclo de cortes do Fed deve reduzir a taxa básica americana para 3,50%-3,75%, com posterior pausa, mantendo espaço para valorização gradual do real.

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