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ALTA DE JUROS

Dirigente do Fed fala em alta de juros em 2022 e admite postura mais 'hawkish'

A previsão do presidente da distrital de St. Louis do Federal Reserve contraria a visão majoritária entre o dirigentes da instituição, que projetam o primeiro aumento em 2023

18 junho 2021 - 10h32
Presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard
Presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard - (Foto: Brian Snyder/ Reuters)

O presidente da distrital de St. Louis do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), James Bullard, afirmou nesta sexta-feira que espera a primeira alta da taxa básica de juros no final de 2022. A previsão contraria a visão majoritária entre o dirigentes da instituição, que projetam o primeiro aumento em 2023, conforme mostrou o gráfico de pontos divulgado na última quarta-feira.

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Em entrevista à CNBC, Bullard disse que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) adotou uma posição mais "hawkish" (mais dura) no encontro deste mês.

Segundo ele, o presidente do BC dos EUA, Jerome Powell, "abriu oficialmente" o debate sobre o processo de redução de estímulos, conhecido como "tapering". Com a pandemia chegando ao fim no país, ele considera "natural" que o debate se intensifique.

O dirigente justificou a mudança de postura do Fed com o avanço da inflação, que, de acordo com ele, já era esperado, mas superou as projeções.

Bullard acrescentou que espera contínua melhora do mercado de trabalho, apesar das preocupações com a dificuldade de empresas de encontrarem mão de obra. Para que haja um arrefecimento da escalada dos preços, será necessária mudar a política monetária, na visão dele.

Ele revelou ainda que está "inclinado" a acreditar que o Fed deve acabar com o programa de compra de títulos atrelados a hipotecas. Também defendeu que a autoridade precisa oferecer um "bom produto" na área das moedas digitais.

Os comentários de Bullard desencadearam uma piora no sentimento de risco nos mercados. Os futuros atrelados aos principais índices de Nova York aceleraram perdas, enquanto o dólar se fortaleceu ante rivais.

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