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CESTA BÁSICA

Dieese: Custo da cesta básica em junho cai em 9 capitais e sobe em 8

Campo Grande esta entre o levantamento que registrou as cidades com maiores quedas no custo da cesta básica

6 julho 2021 - 18h18
Todas as capitais analisadas sofreram alta de preços em comparação com junho do ano passado
Todas as capitais analisadas sofreram alta de preços em comparação com junho do ano passado - (Foto: Maira Vieira/Estadão)

De maio para junho, o valor dos itens da cesta básica de alimentos caiu em nove capitais e aumentou em outras oito. A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos é realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em 17 cidades do País.

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De acordo com o levantamento, as maiores quedas foram registradas em Goiânia (-2,23%), São Paulo (-1,51%), Belo Horizonte (-1,49%) e Campo Grande (-1,43%), enquanto as altas mais expressivas ocorreram em Fortaleza (1,77%), Curitiba (1,59%) e Florianópolis (1,42%).

A cesta mais cara registrada foi a de Florianópolis (R$ 645,38), seguida pela de Porto Alegre (R$ 642,31), São Paulo (R$ 626,76), Rio de Janeiro (R$ 619,24) e Curitiba (R$ 618,57). Já os valores mais baixos são de Salvador (R$ 467,30) e Aracaju (R$ 470,97).

Todas as capitais analisadas sofreram alta de preços em comparação com junho do ano passado, com porcentual variando de 11,17% (Recife) a 29,87% (Brasília). Em relação ao primeiro semestre de 2021, 10 capitais tiveram aumentos e sete, reduções.

Alimentos

Os alimentos que mais contribuíram para a redução do valor médio da cesta básica foram a batata (-17,89% ante maio), o tomate (-16,14%) e a banana (-4,19%). O quilo da batata apresentou redução em 9 das 10 capitais do Centro-Sul onde foi pesquisado, com oscilação entre -30,91% (Vitória) e -12,83% (Florianópolis). De acordo com o Dieese, a queda de preço foi motivada por maior oferta e menor demanda.

O preço da banana, com média ponderada dos tipos prata e nanica, recuou em 14 cidades pesquisadas. A variação foi de -13,24% (Belo Horizonte) e -1,44% (Rio de Janeiro). O Dieese explica que o ritmo de colheita da banana nanica diminuiu com o frio, o que reduz a intensidade da queda de preços dos meses anteriores, e a oferta da banana prata aumentou.

Os itens com maior alta em junho, por sua vez, foram o açúcar refinado (7%), a manteiga (2,87%) e o leite integral (2,46%). Com menor produtividade nos canaviais e aumento de exportações, o açúcar obteve elevação de preço em 15 capitais, variando entre 1,75% (Vitória) e 15,41% (Natal).

Já os laticínios sofreram com a baixa oferta de leite no campo e o aumento de custo de produção. Dessa forma, o litro do produto subiu em 16 capitais e o quilo da manteiga, em 12.

As maiores altas do leite foram registradas em Belo Horizonte (8,54%), Porto Alegre (6,20%) e Aracaju (5,87%), e o aumento da manteiga ocorreu principalmente em Aracaju (5,30%), Brasília (3,79%) e Vitória (3,55%).

Salário mínimo

Para alimentar uma família de quatro pessoas com a cesta básica de Florianópolis, a mais cara do País, o Dieese estimou que o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 5.421,84, quase cinco vezes maior do que o piso nacional vigente. No mês anterior, a estimativa era de R$ 5.351,11.

Com o desconto da Previdência Social (7,5%), a pesquisa calculou que, na média nacional, o trabalhador que recebe um salário mínimo (R$ 1.100) comprometeu 54,79% para alimentar uma pessoa adulta em junho. O porcentual foi menor do que em maio, de 54,84%.

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