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Desemprego sobe no 1º tri de 2025, mas mercado formal mostra reação em alguns Estados

Taxa nacional vai de 6,2% para 7%, com altas em 25 Estados; informalidade e desigualdades de gênero e raça seguem como desafios

17 maio 2025 - 08h05Daniela Amorim
Taxa de desemprego no Brasil sobe para 7% no primeiro trimestre de 2025, segundo dados do IBGE
Taxa de desemprego no Brasil sobe para 7% no primeiro trimestre de 2025, segundo dados do IBGE - (Foto: ABrasil)

Desemprego cresceu em quase todo o país no primeiro trimestre de 2025, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (16) pelo IBGE. Entre os 27 Estados, 25 registraram alta na taxa de desocupação em relação ao último trimestre de 2024, mas apenas 12 dessas variações foram consideradas estatisticamente significativas.

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A taxa nacional subiu de 6,2% para 7,0%, no movimento típico dos primeiros trimestres, quando termina a contratação temporária de fim de ano. Ainda assim, o IBGE destaca que este foi o menor nível de desemprego para um primeiro trimestre desde o início da série histórica.

“Apesar da alta, o mercado de trabalho segue forte”, avaliou William Kratochwill, analista do IBGE. “A taxa subiu menos do que costuma subir no início do ano.”

As maiores taxas de desocupação foram registradas em:

Pernambuco: 11,6%

Bahia: 10,9%

Piauí: 10,2%

Já os menores índices ficaram com:

Santa Catarina: 3,0%

Rondônia: 3,1%

Mato Grosso: 3,5%

Nenhum Estado apresentou queda.

Mesmo com um leve aumento no desemprego, de 5,9% para 6,2%, São Paulo abriu 246 mil vagas com carteira assinada no período. Para o IBGE, isso mostra que o mercado paulista está aquecido e com mais trabalhadores formais.

A taxa de informalidade no Brasil continua elevada em vários Estados. Os maiores índices foram registrados no:

Maranhão: 58,4%

Pará: 57,5%

Piauí: 54,6%

As menores taxas ficaram com:

Santa Catarina: 25,3%

Distrito Federal: 28,2%

São Paulo: 29,3%

Desigualdades persistem entre gênero, raça e escolaridade - A pesquisa também evidenciou desigualdades no mercado de trabalho. O desemprego entre mulheres foi de 8,7%, bem acima dos 5,7% entre homens.

Por raça ou cor, os brancos apresentaram taxa de 5,6%, enquanto os pretos ficaram com 8,4% e os pardos, com 8%.

No recorte por escolaridade, a taxa de desocupação foi de:

11,4% para quem tem ensino médio incompleto

3,9% para quem completou o ensino superior

Desemprego de longa duração ainda afeta milhões

O levantamento mostrou que 1,425 milhão de brasileiros seguem sem trabalho há mais de dois anos. Outros 806 mil procuram emprego há entre um e dois anos, e mais 3,823 milhões buscam há mais de um mês e menos de um ano.

Apesar dos números altos, houve queda nas três categorias em relação ao mesmo período de 2024. O grupo de pessoas que tenta uma vaga há dois anos ou mais caiu 25,6%. Já os que procuram há entre um e dois anos recuaram 16,6%, e aqueles que buscam há menos de um mês, 6,4%.

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