
Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Lugar de ruas largas, ipês amarelos e agora, de um mercado imobiliário que não para de crescer. Em 2024, a cidade viu o preço médio do metro quadrado subir 4%, passando de R$ 8.749 para R$ 9.100, e ainda assim, atraiu mais compradores. No mesmo período, o valor total de vendas cresceu 32%, chegando a R$ 1,2 bilhão. Um feito e tanto para uma cidade acostumada a ser discreta em suas transformações.

Mas o que explica essa febre por imóveis em Campo Grande? O segredo talvez esteja na diversidade. De um lado, o Jardim Veraneio oferece o metro quadrado mais caro da cidade, atingindo R$ 12 mil, um endereço para quem busca exclusividade e luxo. Do outro, o Jardim Tarumã mantém preços acessíveis, começando em R$ 5,21 mil por metro quadrado, perfeito para quem quer algo funcional, mas sem perder a qualidade. É um mercado que conversa com todo tipo de público, do jovem recém-casado à família em busca do endereço dos sonhos.
E os números confirmam essa pluralidade. Foram vendidas 2.090 unidades habitacionais em 2024, um crescimento de 9% em relação ao ano anterior. Ao mesmo tempo, os lançamentos de novos empreendimentos caíram 8%. Para os especialistas, é um sinal de maturidade: o mercado está mais focado em vender o que já foi lançado, antes de inundar as prateleiras com novos projetos.
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O luxo à la Campo Grande - Se o mercado econômico é a base sólida da cidade, o segmento de luxo e superluxo é a sua cereja do bolo. Com um aumento de até 16% no preço médio do metro quadrado, esse nicho reflete o apetite crescente por empreendimentos sofisticados. Bairros como Santa Fé e Carandá Bosque lideram essa tendência, atraindo olhares de investidores e famílias que querem o pacote completo: localização, qualidade e prestígio.
Por outro lado, o segmento econômico também registrou crescimento significativo. O preço médio do metro quadrado subiu 12% em 2024, o que não afastou os compradores. Pelo contrário: reforçou a ideia de que o sonho da casa própria segue firme e forte, mesmo em tempos de ajustes de preços.
Um mercado com sotaque próprio - Se existe algo que diferencia o mercado imobiliário de Campo Grande, é a sua capacidade de equilibrar extremos. Os dados da ABRAINC mostram que a cidade está em um momento único, onde o luxo convive bem com o popular, e onde o mercado imobiliário não é apenas um número, mas parte de um estilo de vida.
A aposta em empreendimentos diversificados, somada ao charme de uma cidade em constante evolução, parece estar rendendo frutos. Para quem mora lá, ou para quem apenas passa por uma visita, a sensação é de que o mercado imobiliário virou uma espécie de espelho: reflete a Campo Grande que é, e a que está se tornando.
