O programa Crédito do Trabalhador deve encerrar 2025 com R$ 100 bilhões concedidos a empregados da iniciativa privada, segundo o secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto. A iniciativa foi lançada neste ano e, segundo o governo, busca estimular o acesso a empréstimos com juros mais baixos e menos risco de endividamento.
Em entrevista à CNN Money, o secretário afirmou que o Brasil ainda tem espaço para ampliar o volume de crédito na economia. Ele citou dados do Banco Mundial que indicam que o país poderia aumentar em até 40% a oferta de crédito em relação ao PIB.
Marcos Pinto rebateu críticas de que o governo estaria incentivando o endividamento das famílias. Segundo ele, o foco é tornar o crédito mais saudável, permitindo que as pessoas atravessem momentos de dificuldade e invistam com segurança. “Estamos criando mecanismos para que a taxa de juros seja mais baixa. Isso melhora o impacto do crédito na economia”, disse.
Consignado privado pode ter limite de juros
O governo também analisa um possível teto para os juros do consignado privado. Marcos Pinto afirmou que há casos de cobranças abusivas, o que indica que os bancos não têm operado de forma competitiva. No entanto, ele alertou que qualquer limitação precisa ser feita com cuidado para não excluir pessoas do mercado de crédito.
“A ideia de teto não é nova. Já existe no cheque especial, no consignado público e do INSS”, lembrou o secretário.
Além do Crédito do Trabalhador, Marcos Pinto também esteve à frente de outros programas populares do governo, como o Desenrola, o Pé-de-Meia e a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda.
