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NACIONAL

Preços de hospedagem disparam às vésperas da COP30 e assustam participantes

Diárias chegam a ultrapassar R$ 200 mil durante o evento da ONU; governo corre para ampliar rede hoteleira com escolas e navios

27 maio 2025 - 08h45Redação
Romaria fluvial do Círio de Nazaré
Romaria fluvial do Círio de Nazaré - (Foto: Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Com a aproximação da COP30, que será realizada em novembro em Belém, no Pará, os preços da hospedagem na cidade e arredores passaram a preocupar delegações, empresários e autoridades estrangeiras. Com alta demanda e infraestrutura ainda limitada, diárias em casas de temporada chegam a custar mais de R$ 200 mil, com pacotes que ultrapassam R$ 2 milhões pelos 11 dias de evento.

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A capital paraense foi escolhida como sede da Cúpula do Clima da ONU, mas enfrenta dificuldades para abrigar os milhares de visitantes esperados. Segundo informações da organização, Belém conta atualmente com cerca de 36 mil leitos, número que inclui hotéis, imóveis de aluguel por temporada e vagas em navios de cruzeiro, estes ainda em fase de contratação.

Entre os anúncios mais caros, há uma casa com 800 m², dois quartos e piscina, a cerca de 14 km do centro, com diárias de quase R$ 203 mil. A mesma unidade, disponível para aluguel durante toda a conferência, soma mais de R$ 2,2 milhões pelo período. Até mesmo na vizinha Ananindeua, a 21 km da capital, valores chegam a R$ 600 mil, com diária de R$ 53 mil em residências modestas.

O atraso na liberação de um aplicativo oficial para facilitar a busca por acomodações agravou o cenário. A empresa responsável pela plataforma só foi divulgada uma semana atrás, faltando poucos meses para o início da conferência.

Pressão internacional e reorganização da agenda - Telegramas trocados entre embaixadas brasileiras nos primeiros meses do ano já alertavam sobre a situação. Registros diplomáticos mostram críticas de países como China e Noruega, que apontam dificuldade para reservar hotéis e preços considerados abusivos. Em Londres, representantes do setor privado chegaram a cogitar desistência da participação por conta da escassez de vagas e falta de clareza sobre hospedagens alternativas.

A reação do governo federal foi reorganizar a agenda do evento. O encontro de chefes de Estado, normalmente realizado nos primeiros dias da COP, será antecipado para a semana anterior. A medida visa reduzir a sobrecarga nos primeiros dias da conferência e permitir uma abertura com menos pressão logística.

Em resposta, o governo do Pará e o Palácio do Planalto anunciaram ações para ampliar as opções de acomodação. Estão previstas reformas em hotéis, construção de quatro novas unidades e adaptação de escolas que funcionarão como alojamentos temporários. Também está em andamento a contratação de cruzeiros para atender parte da demanda.

A promessa é oferecer alternativas para diferentes perfis de público, desde lideranças políticas até representantes de ONGs e empresas. “Estamos criando soluções para hospedagens de diversos padrões”, informou o governo federal em nota.

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