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14 de novembro de 2025 - 10h22
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ENERGIA LIMPA

Com energia solar, Ana Maria Braga reduz em 75% conta de luz e economiza mais de R$ 10 mil

Instalação de placas solares na fazenda da apresentadora virou exemplo de economia e sustentabilidade para os brasileiros

14 novembro 2025 - 08h35Luis Filipe Santos
Apresentadora Ana Maria Braga reduziu em 75% o valor da conta de luz após adotar energia solar em sua propriedade
Apresentadora Ana Maria Braga reduziu em 75% o valor da conta de luz após adotar energia solar em sua propriedade - Foto: Reprodução de 'Mais Você' / Globo

A apresentadora Ana Maria Braga revelou nesta quinta-feira (13), durante o programa Mais Você (TV Globo), que conseguiu economizar mais de R$ 10 mil em apenas três meses após adotar o sistema de energia solar em sua fazenda. A redução, de 75% nas contas de luz, foi registrada na comparação entre os meses de agosto, setembro e outubro de 2025 com o mesmo período do ano anterior.

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Em 2024, a conta de energia elétrica da propriedade rural da apresentadora nunca ficou abaixo dos R$ 4 mil mensais. Já com o uso de placas solares, o maior valor pago foi de R$ 1.934,63, em setembro deste ano. “Fiquei surpresa com a economia. É um assunto pessoal meu, eu sei, mas acho que vale contar, porque você não faz ideia do que é reduzir a despesa”, comentou ao vivo.

A declaração aconteceu enquanto Ana Maria abordava o uso de energia solar em comunidades da Amazônia durante os preparativos da COP-30, conferência da ONU sobre o clima que ocorrerá no Pará em 2025.

Investimento inicial pode variar, mas retorno é certo - A instalação de um sistema fotovoltaico pode parecer um investimento alto à primeira vista, mas o retorno financeiro tem se mostrado cada vez mais vantajoso. Segundo Ronaldo Koloszuk, presidente do conselho da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), o custo para uma residência com consumo médio de uma família de três ou quatro pessoas gira entre R$ 11 mil e R$ 12 mil.

Já o CEO do grupo Descarbonize, Patrick Schaaffhausen, estima valores entre R$ 16 mil e R$ 20 mil, incluindo equipamentos, projeto homologado junto à concessionária de energia e instalação completa.

A recuperação do investimento leva, em média, três anos e meio. Isso porque a energia produzida pelas placas é usada diretamente no imóvel e, quando suficiente, zera a cobrança pela energia convencional, deixando o consumidor dependente da rede elétrica apenas em casos específicos.

Instalação é rápida e sem grandes intervenções - Instalar o sistema costuma ser simples. O processo de montagem pode durar um ou dois dias, sem necessidade de refazer a fiação da casa. “Na maioria dos casos, não é necessário mexer em toda a estrutura elétrica. A conexão é feita a partir do quadro de energia já existente, com ajustes técnicos pontuais para garantir o funcionamento seguro”, explica Schaaffhausen.

Para residências em áreas urbanas sem acesso ao telhado, como apartamentos, uma alternativa é aderir à geração compartilhada. Nesse modelo, o consumidor ‘aluga’ uma cota de energia solar gerada por usinas fotovoltaicas. O valor pago mensalmente é inferior ao da conta tradicional, com desconto que varia conforme a empresa fornecedora.

Energia solar cresce entre a classe média e nas periferias - De acordo com a Absolar, a energia solar deixou de ser uma exclusividade de alto poder aquisitivo. Hoje, grande parte dos investimentos vem da classe média. “A tecnologia chegou às comunidades, com projetos em favelas como a Rocinha, no Rio de Janeiro, abastecendo pequenos comércios e até restaurantes”, conta Koloszuk.

As instalações têm sido realizadas em parceria com ONGs, que capacitam moradores para a montagem dos sistemas. Em regiões remotas, a energia solar também pode ser armazenada em baterias, possibilitando abastecimento mesmo fora da rede elétrica.

Além da economia, um dos grandes atrativos do sistema fotovoltaico é a independência das bandeiras tarifárias, que encarecem a conta de luz em períodos de estiagem e baixa geração hídrica. “A energia solar traz autonomia. É uma maneira de sair do mercado cativo e não ficar refém dos reajustes e variações do setor elétrico”, resume Koloszuk.

Fonte solar já representa 22% da matriz energética brasileira - O Brasil alcançou, em 2025, a marca de 5 milhões de imóveis com painéis solares instalados, o que representa um crescimento de 42,8% em relação a 2024. A potência instalada da energia solar já soma 55 gigawatts (GW), o equivalente a 22,2% da matriz elétrica nacional, atrás apenas das hidrelétricas (44,6%) e à frente das eólicas (13,4%).

A expansão do setor tem sido impulsionada também pela oferta de mais de 100 linhas de financiamento disponíveis no país. “Hoje, dá para financiar o sistema e pagar uma parcela semelhante à antiga conta de luz. Quando o financiamento termina, a pessoa continua com uma energia limpa e quase sem custo mensal”, explica o CEO do Descarbonize.

Para quem se preocupa com o meio ambiente e busca cortar despesas a longo prazo, o exemplo de Ana Maria Braga pode ser um incentivo: o sol é gratuito, e a tecnologia para aproveitá-lo está mais acessível do que nunca.

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