
A Aliança Nacional de Combate a Fraudes Bancárias Digitais foi lançada nesta quarta-feira (3) como resposta à crescente onda de golpes no ambiente virtual. O plano, que prevê 23 ações prioritárias para os próximos cinco anos, foi desenvolvido por representantes do governo federal e do setor privado, incluindo o Ministério da Justiça, a Febraban e a Zetta.
A estratégia está dividida em quatro fases, com início da primeira etapa em julho de 2025 e previsão de encerramento em 2030. As medidas incluem desde a criação de um site para orientar vítimas, até a implementação de ferramentas de rastreamento e compartilhamento de dados entre instituições públicas e privadas.
Durante o lançamento, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, destacou que o plano não é uma entrega finalizada, mas um processo contínuo de combate às fraudes digitais. Ele também reforçou que o Estado sozinho não dará conta do problema e que a sociedade precisa participar ativamente.
Entre as ações de curto prazo, estão o lançamento da plataforma BC Protege+, a padronização de 41 modalidades de fraudes e golpes e a criação de um painel público com dados sobre as ocorrências — incluindo informações como o tipo de golpe, perfil das vítimas e datas dos crimes. O site voltado à população trará orientações sobre como agir em casos de perda financeira, roubo de celular ou invasão de conta bancária.
As próximas etapas envolvem a regulamentação de práticas preventivas nas instituições financeiras, criação de canais de apoio às vítimas, aperfeiçoamento de sistemas de verificação de identidade e melhorias nos cadastros de CNPJs e contas digitais.
A última fase, entre 2028 e 2030, está reservada para novas ações que se tornem prioritárias ao longo da execução do plano.

