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ORÇAMENTO

CMO aprova relatório de receita do Orçamento de 2024 com R$ 5,6 tri e alta em R$ 800 milhões

Por outro lado, o texto previu uma queda na arrecadação ao incluir a prorrogação de incentivos fiscais da Sudam e Sudene, do programa Minha Casa, Minha Vida e do Reporto

6 dezembro 2023 - 18h30Brasília, 06
CMO aprova relatório de receita do Orçamento de 2024 com R$ 5,6 tri e alta em R$ 800 milhões
CMO aprova relatório de receita do Orçamento de 2024 com R$ 5,6 tri e alta em R$ 800 milhões - (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou nesta quarta-feira (6) o relatório de estimativa de receitas para o projeto de orçamento de 2024, totalizando R$ 5,6 trilhões. A proposta aprovada no colegiado indicou um aumento de arrecadação de aproximadamente R$ 800 milhões, sendo a maior parte proveniente do acréscimo nas receitas com royalties do petróleo.

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O texto aprovado, por outro lado, previu uma queda na arrecadação ao incluir a prorrogação de incentivos fiscais da Sudam e Sudene, do programa Minha Casa, Minha Vida e do Reporto. O projeto, no entanto, não previu a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos aos 17 setores, medida que gera impacto em torno de R$ 9 bilhões. A proposta foi vetada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas o Congresso promete derrubar o veto.

Além da prorrogação do benefício aos 17 setores, o Congresso também incluiu no projeto um dispositivo que reduz de 20% para 8% a alíquota previdenciária das prefeituras de municípios com até 142 mil habitantes. A estimativa é que a medida atinja mais de 3 mil municípios no País e tenha impacto fiscal de cerca de R$ 11 bilhões, segundo cálculos da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

De acordo com técnicos de orçamento ouvidos pela reportagem, se derrubado o veto à desoneração, o relator da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024, deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), deve alegar que a atualização dos números está fora da sua atuação, já que ela fica centrada na despesa. Na prática, a missão ficará a cargo do Executivo no ano que vem, que terá que ajustar os números durante a execução do orçamento, seja elevando algum imposto ou mediante corte na programação aprovada.

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