
O governo do Chile anunciou a retomada das importações de produtos avícolas do Brasil, após o reconhecimento de que o país está livre de influenza aviária de alta patogenicidade. A decisão foi formalizada em uma resolução publicada no Diário Oficial chileno em 15 de agosto, que também incluiu a reconhecimento do Rio Grande do Sul como zona livre da Doença de Newcastle.

A suspensão das exportações brasileiras para o Chile aconteceu em 16 de maio, após a confirmação de um caso de gripe aviária em uma granja comercial localizada em Montenegro (RS). Com a recuperação da situação, o Brasil volta a poder exportar para o Chile produtos avícolas como:
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Ovos férteis e pintinhos de um dia (incluindo codornas)
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Ovos férteis SPF (livres de patógenos específicos)
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Aves ornamentais ou de recreação
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Carne de aves de corte (fresca, resfriada ou congelada)
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Cabeças e pés comestíveis
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Ovos com casca para consumo
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Produtos cárneos processados que contenham carne de ave fresca
Esses produtos poderão ser exportados a partir de 9 de agosto, conforme estabelecido pelo Serviço Agrícola e Pecuário (SAG) chileno.
Retomada do comércio
A missão do SAG chileno ao Brasil, realizada em 4 de agosto, foi um passo importante para a retomada das exportações. Durante a visita, os profissionais de pecuária chilenos verificaram as medidas de controle implementadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil para combater e prevenir o surto da doença.
Impacto no comércio bilateral
Em 2024, o Brasil exportou 111 mil toneladas de carne de frango para o Chile, o que representa um valor de US$ 246 milhões, conforme dados do Agrostat, sistema de estatísticas de comércio exterior do agronegócio brasileiro. A retomada das exportações fortalece o comércio bilateral e oferece uma perspectiva positiva para o setor avícola brasileiro, que poderá se beneficiar da recuperação do mercado chileno.
