
O custo da cesta básica em Campo Grande caiu ligeiramente no mês de agosto, mas o alívio no bolso do consumidor ainda é pequeno. De acordo com levantamento mensal, a cesta passou a custar R$ 768,79 - uma redução de 0,90% em relação a julho. Apesar da queda, o valor ainda coloca a capital sul-mato-grossense entre as seis mais caras do país.

No comparativo com o mesmo mês do ano passado, no entanto, o cenário é de alta: a cesta acumulou aumento de 7,58% em 12 meses. Já no acumulado de janeiro a agosto de 2025, a variação ficou praticamente estável, com leve retração de 0,20%.
O que ficou mais barato e o que subiu - Entre os 13 itens analisados, apenas quatro registraram redução de preço entre julho e agosto: o tomate teve a queda mais expressiva, com recuo de 18,95%. Em seguida aparecem a batata (-13,97%), o arroz agulhinha (-1,28%) e o café em pó (-0,47%).
Na outra ponta, nove produtos subiram de preço no mês: leite integral (4,14%), açúcar cristal (2,30%), carne bovina de primeira (2,11%), banana (1,55%), manteiga (0,76%), farinha de trigo (0,73%), pão francês (0,62%), feijão carioca (0,46%) e óleo de soja (0,46%).
Os dados do acumulado dos últimos 12 meses revelam um cenário de forte oscilação. O café em pó lidera o ranking das altas, com valorização de 82,99%. O tomate também teve aumento significativo, com 41,67%, seguido pelo óleo de soja (27,55%) e pela carne bovina de primeira (26,15%).
Por outro lado, alguns produtos ficaram mais baratos no mesmo período. A batata teve queda de 52,15%, o arroz recuou 26,16%, e a banana, 17,23%. Também houve redução nos preços médios do feijão carioca (-9,54%), manteiga (-2,91%) e leite integral (-1,31%).
Mesmo com a leve queda em agosto, o trabalhador que recebe um salário mínimo em Campo Grande precisou dedicar 111 horas e 25 minutos do seu tempo para comprar a cesta básica. Em julho, esse tempo era ainda maior: 112 horas e 26 minutos.
No comparativo com agosto de 2024, a diferença é mínima - há um ano, o tempo necessário para adquirir os itens essenciais era de 111 horas e 20 minutos. Isso mostra que, mesmo com pequenas oscilações mensais, o custo da alimentação continua pesando no orçamento das famílias.
