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ECONOMIA

Cesta básica sobe em Campo Grande e compromete mais da metade do salário mínimo

Alta acumulada em 12 meses chega a 5,89%, e trabalhador precisa de quase 115 horas de jornada para arcar com os custos dos alimentos essenciais

9 julho 2025 - 10h40Carlos Guilherme
Custo da cesta básica sobe em Campo Grande e pressiona orçamento das famílias com aumento contínuo de itens como café e tomate.
Custo da cesta básica sobe em Campo Grande e pressiona orçamento das famílias com aumento contínuo de itens como café e tomate. - (Foto: Felipe Ribeiro/A Crítica)

Custo da cesta básica em Campo Grande fechou o mês de junho de 2025 em R$ 793,02, o que representa uma alta de 0,46% em relação a maio. Na comparação com o início do ano, o aumento já soma 2,94%, e no acumulado dos últimos 12 meses, a elevação chega a 5,89%, segundo levantamento mensal que monitora os preços dos itens alimentares essenciais.

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Para adquirir os produtos incluídos na cesta, o trabalhador que recebe salário mínimo precisou comprometer 56,48% da sua renda líquida, o equivalente a 114 horas e 56 minutos de jornada de trabalho. Em maio, esse comprometimento era de 56,22%, enquanto em junho de 2024 era ainda maior: 57,34%.

Café segue em alta e arroz acumula queda no ano - Entre os itens que mais pressionaram o orçamento dos consumidores está o café, que subiu 3,32% em junho, completando seis meses consecutivos de alta. Em um ano, o produto acumula aumento de 113,14%. Também registraram elevação o tomate (6,54%), o feijão carioquinha (1,18%) e o pão francês (0,80%).

Já o arroz agulhinha teve queda de 4,68% no mês e acumula baixa de 20,87% nos últimos 12 meses, sendo um dos poucos produtos com recuo relevante no período. Outros itens com retração foram a carne bovina (-0,34%), o óleo de soja (-1,17%) e a manteiga (-3,01%).

Em junho, os preços da banana e da farinha de trigo permaneceram estáveis, com variação de 0,00%. No entanto, em 12 meses, ambos os produtos tiveram aumento: a banana subiu 7,39% e a farinha de trigo, 12,96%.

Entre os derivados, o leite teve leve aumento de 0,34%, enquanto a manteiga seguiu em queda, registrando recuo de 3,01% no mês. Já o açúcar cristal subiu 1,75%, mantendo o movimento oscilante de preços verificado ao longo do semestre.

Segundo os dados, uma família de quatro pessoas - dois adultos e duas crianças, sendo estas consideradas como um adulto - precisa desembolsar R$ 2.379,06 por mês, em média, para custear os produtos básicos de alimentação em Campo Grande.

Apesar do aumento, o valor da cesta básica em Campo Grande ainda está abaixo das principais capitais brasileiras. Em São Paulo, o custo foi de R$ 882,76 em junho, o mais alto entre as 17 cidades pesquisadas. Já o menor valor foi registrado em Aracaju, com R$ 557,28.

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