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ECONOMIA

Com terceira deflação, Campo Grande inicia último trimestre com expectativa de aumento no consumo

IPCA caiu 0,28% em agosto, puxado por habitação, alimentação e transportes; cenário favorece comércio e serviços

10 setembro 2025 - 12h00Rafael Rodrigues
IPCA caiu 0,28% em agosto, terceiro recuo consecutivo, favorecendo expectativa de aumento do consumo em Campo Grande
IPCA caiu 0,28% em agosto, terceiro recuo consecutivo, favorecendo expectativa de aumento do consumo em Campo Grande - (Foto: IA)
ENERGISA

O mês de agosto trouxe um alívio aos consumidores e um sinal positivo ao varejo de Campo Grande. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou deflação de 0,28%, a terceira consecutiva em 2025 na capital. O resultado é inferior ao de julho (-0,19%) e contribui para que o ano acumule alta de 2,26%, dentro do ritmo considerado saudável para a inflação.

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Nos últimos 12 meses, o índice ficou em 4,68%, abaixo dos 5,01% observados no período imediatamente anterior. Em comparação com agosto de 2024, quando o IPCA foi de 0,03%, o dado atual representa uma queda mais expressiva.

De acordo com o IBGE, cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram queda em agosto, com destaque para Habitação (-1,87%), Alimentação e bebidas (-0,17%) e Transportes (-0,12%). Juntos, esses segmentos responderam por um impacto de -0,35 ponto percentual no índice geral. “Sem eles, o IPCA teria fechado positivo no mês”, explicou Felipe Senna, técnico do IBGE em Mato Grosso do Sul.

Do lado das altas, os principais avanços vieram de Artigos de residência (0,41%), Saúde e cuidados pessoais (0,32%) e Despesas pessoais (0,13%).

Cenário nacional - No Brasil, o IPCA também ficou negativo em agosto (-0,11%), sendo o primeiro resultado do tipo desde agosto de 2024 e o mais intenso desde setembro de 2022. No acumulado do ano, o índice nacional está em 3,15% e, em 12 meses, em 5,13%, ambos abaixo dos períodos anteriores.

Perspectiva para o consumo - Para o setor de comércio e serviços da capital, o quadro de inflação sob controle e preços em queda abre espaço para maior poder de compra das famílias. A tendência, avaliam economistas, é de que o último trimestre seja marcado por maior movimentação no varejo, impulsionada pelas datas sazonais de fim de ano.

Com habitação, transporte e alimentação — itens de maior peso no orçamento doméstico — registrando deflação, sobra mais fôlego para o consumo de bens e serviços. O cenário reforça uma perspectiva positiva para lojistas, bares, restaurantes e prestadores de serviços em Campo Grande.

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