Um total de 2,5 milhões de brasileiros inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) se formalizou como microempreendedor individual (MEI) após o registro na base de dados do programa social. O número representa 55% dos MEIs atualmente vinculados ao CadÚnico, conforme levantamento realizado pelo Sebrae, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).
A pesquisa revela o papel decisivo do CadÚnico na inserção produtiva de pessoas em situação de vulnerabilidade, ampliando o acesso à formalização e ao empreendedorismo. Entre os mais de 95 milhões de brasileiros cadastrados, 4,6 milhões são MEIs, sendo que mais de um terço (34,1%) já recebeu algum tipo de atendimento do Sebrae entre janeiro de 2020 e julho de 2025.
Os resultados demonstram que o apoio técnico faz diferença. Empreendedores acompanhados pelo Sebrae têm 78,9% de seus negócios ativos, em comparação a 61,5% entre os que não tiveram orientação.
Setores e benefícios - Segundo os dados, a maioria dos microempreendedores formais do CadÚnico atua no setor de serviços (53,1%), seguido de comércio (26,5%), indústria (10,1%), construção civil (9,7%) e agropecuária (0,5%).
Além disso, 41,7% dos MEIs da base recebem o Bolsa Família, e 6,4% são beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Os estados com maior proporção de MEIs vinculados ao CadÚnico são Amazonas (56,3%), Acre (54,8%) e Piauí (54,6%).
Parceria Sebrae e MDS - O levantamento integra as ações do Acordo de Cooperação Técnica firmado em 2023 entre o Sebrae e o MDS, que visa integrar políticas públicas voltadas à geração de renda e autonomia para famílias de baixa renda.
Entre os objetivos do acordo estão o compartilhamento de dados estratégicos do CadÚnico e do Bolsa Família, além da realização de estudos sobre pequenos negócios, com foco em melhorar as ações de apoio ao empreendedorismo popular.
Inclusão produtiva e transformação social - O Cadastro Único é a porta de entrada para programas como Bolsa Família, Pé-de-Meia, Tarifa Social de Energia Elétrica e Minha Casa Minha Vida, e tem se mostrado cada vez mais relevante como ferramenta de transformação econômica e social.
Para o Sebrae e o MDS, os resultados reforçam a importância de oferecer orientação, capacitação e apoio técnico aos novos empreendedores como forma de romper ciclos de pobreza e promover autonomia financeira.
