
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu aprofundar a análise da fusão entre as redes Petz e Cobasi, duas gigantes do setor pet no Brasil. O conselheiro relator do caso, José Levi Mello do Amaral Júnior, solicitou ao Departamento Econômico do órgão um estudo específico sobre a estrutura de concorrência no varejo pet físico e no comércio eletrônico do segmento.

Segundo o pedido, o departamento deverá apresentar alternativas de definição do chamado “mercado relevante”, que estabelece as fronteiras de concorrência de acordo com produto e geografia. Essa delimitação é considerada fundamental para avaliar se a união entre as empresas pode gerar riscos de concentração excessiva.
O conselheiro também determinou que o estudo examine os pareceres apresentados pelas próprias requerentes, Petz e Cobasi, além da manifestação da terceira interessada, a Petlove. A ideia é verificar as premissas utilizadas e cruzar os dados com análises adicionais elaboradas pelo órgão técnico.
Além de aspectos técnicos de concorrência, José Levi pediu que o estudo leve em conta questões ligadas ao comportamento do consumidor. Entre os pontos a serem avaliados estão ocasiões de compra, possíveis sobreposições entre os canais físico e digital e o grau de pressão competitiva existente entre os diferentes formatos de varejo.
Na última quarta-feira (2), o Cade prorrogou em 90 dias o prazo para concluir a análise da operação. A decisão amplia a discussão até novembro, quando o Tribunal Administrativo deverá julgar se a fusão poderá ou não ser aprovada, e sob quais condições.
