
A Europa está em movimento. Nesta terça-feira, 8 de julho, a União Europeia confirmou a entrada da Bulgária na zona do euro, tornando-se o 21º país a adotar a moeda comum. A decisão foi anunciada após aprovação do Ecofin — o Conselho de Assuntos Econômicos e Financeiros da UE — que selou o processo legislativo para a mudança da moeda no país do Leste Europeu.

Enquanto isso, nos bastidores, seguem as negociações com os Estados Unidos. O bloco europeu tenta fechar, até o dia 1º de agosto, um acordo comercial que evite a volta de tarifas que podem prejudicar produtos de ambos os lados do Atlântico.
A novidade sobre a Bulgária foi dada pelo comissário europeu de Economia e Produtividade, Valdis Dombrovskis, durante uma coletiva de imprensa em Bruxelas. Ele destacou que aderir ao euro vai além de trocar o lev, moeda búlgara, por cédulas com o símbolo europeu. “É sobre construir um futuro mais brilhante e próspero para a Bulgária”, declarou.
Dombrovskis acredita que a mudança trará mais investimentos, geração de empregos e crescimento para o país. O movimento também representa um reforço na ideia de uma Europa mais integrada, apesar do cenário de incertezas políticas e econômicas que ainda rondam o continente.
Segundo o comissário, a economia da UE vem mostrando força, mas ainda sente os efeitos das tensões globais, incluindo o risco da imposição de novas tarifas pelos Estados Unidos. Por isso, as equipes técnicas e políticas da União Europeia e dos EUA seguem reunidas em conversas constantes.
A meta é chegar a um entendimento antes de agosto, prazo definido para a retomada de tarifas comerciais que afetam principalmente os setores de aço e alumínio. O receio é que, sem acordo, as relações entre os dois gigantes comerciais sofram novos desgastes, com impacto direto sobre empresas e empregos.
Mesmo com os desafios, a adesão da Bulgária é vista como um sinal positivo. Mostra que, internamente, a União Europeia continua firme no projeto de integração e acredita no euro como símbolo de estabilidade.
